O Cruzeiro se tornou um dos pioneiros entre os grandes clubes brasileiros ao anunciar a sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF) em dezembro de 2021, quando o ex-craque da Seleção Brasileira, Ronaldo, adquiriu 90% das ações do clube em um acordo celebrado por dirigentes e torcedores.
Entretanto, antes de fechar o compromisso com o ex-atacante, a XP Investimentos, que representou o clube no negócio, recebeu uma oferta superior da 777 Partners, empresa que logo em seguida anunciou a compra do Vasco da Gama.
Proposta melhor da 777 Partners… mas sem negócio!
A 777 Partners ofereceu mais dinheiro do que o grupo representando por Ronaldo. A informação foi confirmada pela XP, pela 777 e depois que o jornalista Rodrigo Capelo, do Grupo Globo, trouxe a notícia primeiramente.
A empresa dos EUA ofereceu investir R$ 250 milhões na SAF e colocar esse dinheiro em contratações de jogadores e pagamento de dívidas urgentes. Outros R$ 200 milhões para quitar débitos do clube, contraídos pela associação, que ajudariam a reduzir a dívida de R$ 1 bilhão da Raposa. Já o restante dos débitos seriam assumidos pela 777 e seriam pagos ao longo dos anos de contrato da SAF.
Se com Ronaldo o acordo é de 90% pela SAF, os norte-americanos queriam 70% da SAF Cruzeirense, com a associação mantendo 30%.
A oferta foi levada ao clube mineiro pela Matix Capital. Essa empresa intermediou a apresentação de John Textor ao Botafogo e a própria 777 Partners ao Vasco.
Por que o Cruzeiro negou a 777 Partners?
À época, o presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, detalhou que não aceitou a primeira oferta da companhia americana, optando pela proposta feita por Ronaldo, apesar do valor bruto apresentado pelo ex-jogador ter sido menor.
“Considerando o contexto e o modelo de investimento e gestão, o Cruzeiro aceitou o que consideramos ser a melhor proposta entre as que foram apresentadas ao clube”, disse o até então presidente do Cruzeiro.