O multicampeão, Abel Ferreira participou online do congresso organizado pela Liga Portugal, o Thinking Football Summit. Nesse sentido, o português falou da sua forma de trabalhar com o clube do Palmeiras, das jovens promessas do clube e sobre os técnicos brasileiros.
Além de Endrick, Abel Ferreira destaca outras jovens promessas
Ao citar as categorias de base do Palmeiras, Abel disse que além de Endrick, também merecem destaque os campeões do Brasileirão Sub-17 e podem ganhar mais espaço no futebol brasileiro.
“Ultimamente fala-se muito do Endrick, já se falou do Veron e do Danilo. Fiquem atentos aos nomes do Estevão e do (Luís) Guilherme. Vão ouvir muito falar deles também”, discursou o técnico.
Abel Ferreira não esconde incômodo com polêmicas sobre os técnicos brasileiros
Há três temporadas no futebol brasileiro, o técnico português não escondeu a insatisfação em ser envolvido em polêmicas com outros técnicos brasileiros, quando foi questionado se tem uma diferença técnica entre os treinadores do Brasil com os de Portugal.
Há treinadores portugueses e brasileiros bons e menos bons. Honestamente, acho uma ofensa quando me fazem essa pergunta. É bom que tenhamos ideias diferentes, nos ajuda a crescer. Os dois países têm bons treinadores, assim como em cada área há bons, menos bons ou, se quiserem, fracos. É uma guerra sem fim, mas que, para mim, não é guerra nenhuma – disse Abel Ferreira.
Sendo assim, ele comparou a sua maneira de comandar o Sporting e Braga com o Palmeiras atualmente. Vale destacar, que o Abel é o terceiro técnico com mais títulos pelo clube alviverde com seis títulos, atrás apenas de Osvaldo Brandão com sete e Vanderlei Luxemburgo com oito
Quando vemos uma equipe que tem 200% a cara do treinador, isso retira liberdade ao jogador. Isso tem a ver com aquilo que um treinador quer. Posso dizer que fui assim no Sporting e até começar a questionar a minha forma de treinar no Braga. Percebi que o jogo ainda pertence aos jogadores. Temos de lhes dar coordenadas e organização, mas não os podemos castrar. No Brasil dou mais liberdade e oportunizo a criatividade.
Não sou eu que estou certo ou errado, mas o importante é acreditar. Para mim, um bom treinador é aquele que consegue influenciar e inspirar os seus jogadores e consegue tirar de modo consistente o máximo e a melhor versão de cada um. O futebol ensinou-me que há mil e uma formas de ganhar. Temos de escolher aquela em que acreditamos.