Nesta segunda-feira (21), a CBF anunciou que uma camisa gigante da Seleção Brasileira será exibida durante a Parada do Orgulho LGBTQIA+ do Rio de Janeiro. A ação busca o fim da discriminação da comunidade no futebol.
A ação da CBF é uma parceria com o Grupo Arco-Íris, que busca combater a LGBTQIAfobia e à discriminação e proteção dos direitos humanos da comunidade.
CBF terá camisa em apoio ao orgulho LGBTQIA+
O anúncio da CBF foi feito na noite desta segunda-feira (21), com uma ação em conjunto do Grupo Arco-Íris. A entidade irá patrocinar alguns projetos com ações que combatem a discriminação da comunidade LGBTQIA+.
A primeira ação da parceria será realizada na 27ª Parada do Orgulho LGTBI+ do Rio, que está marcada para este domingo (27), na praia de Copacabana, a partir das 13h (horário de Brasília). Aproveitando o clima de Copa do Mundo, a Parada terá uma camisa gigante da Seleção Brasileira com dez metros de comprimento e seis metros de largura.
A camisa da Seleção Brasileira será a tradicional amarela e com o número 24 estampado nas costas. Em uma das mangas, estará uma braçadeira de capitão com as cores do arco-íris. além disso. Ao todo, 15 pessoas irão carregar a camisa.
A ideia da CBF é promover outros projetos em parceria com o Grupo Arco-Íris. A entidade máxima do futebol brasileiro irá criar um Observatório LGBTQIA+ no Futebol, que terá o objetivo de promover ações dos direitos humanos da comunidade LGBTQIA+, além do combate a LGBTQIAfobia no futebol.
O Grupo Arco-Íris irá gerir o observatório, que contará com participação consultiva de diversas entidades pública, privadas e da sociedade civil.
Mudança de postura da CBF em apoio ao orgulho LGBTQIA+
A parceria com o Grupo Arco-Íris é uma demonstração na mudança de postura da CBF com relação ao combate a LGBTQIAfobia. Na última edição da Copa América, a Seleção Brasileira não utilizou o número 24, pulando do 23 para o 25.
No entanto, a numeração dos jogadores para a Copa do Mundo 2022 conta com o número 24, sendo utilizado pelo zagueiro Bremer. Algo histórico no combate a LGBTQIAfobia, sendo a primeira vez na história que um atleta brasileiro irá utilizar o número na Copa do Mundo.
A questão do número no Brasil é o fato do veado ser o 24 no Jogo do Bicho. Desde então, é associado de forma preconceituosa à homossexualidade. Buscando mudar essa postura, alguns clubes brasileiros vem promovendo ações envolvendo o 24.
Outro destaque na CBF é a utilização da faixa de capitão com as cores da bandeira LGBTQIA+, que está sendo vetada pela FIFA para a disputa da Copa do Mundo 2022.
A Confederação Brasileira de Futebol decidiu não impor contra as decisões da FIFA e dos anfitriões Catar, onde é proibido a relação de pessoas do mesmo sexo. A entidade máxima irá aplicar multas para as federações que desrespeitarem as regras e o capitão irá receber um cartão amarelo na partida.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirma que a parceria com o Grupo Arco-Íris reafirma o compromisso da entidade com relação ao “respeito à diversidade, não importando a cor, raça, religião, gênero ou posição política”, além do combate à corrupção e a inclusão de todos.