Após ser adiado por quatro vezes, o júri responsável pelo caso do radialista Valério Luiz deve, enfim, acontecer, em Goiânia.
Maurício Sampaio, ex-presidente do Atlético-GO, e mais quatro réus respondem pelo crime, ocorrido em 2012, a poucos metros da rádio onde a vítima trabalhava.
O caso repercutiu muito na cidade. O juiz Lourival Machado da Costa, da 4ª Vara Criminal de Crimes Dolosos contra a Vida, comandará a sessão, que contará com sete jurados e 24 testemunhas. O julgamento deve durar ao menos três dias.
O júri, a princípio, foi marcado para o dia 23 de junho de 2020, mas acabou adiado por causa da pandemia. Posteriormente, foi remarcado para 14 de março deste ano, mas foi novamente suspenso, pois o advogado que defendia o caso se retirou.
Os réus, portanto, deveriam ser julgados em 2 de maio, mas a nova defesa de Maurício Sampaio deixou o plenário alegando que o juiz era imparcial, causando uma reunião no tribunal. A nova data passou a ser 13 de junho. Porém, o caso foi adiado mais uma vez, após o jurado passar mal e deixar o hotel onde estava hospedado sem avisar a justiça.
Atlético-GO
O Atlético-GO retoma as suas atenções para essa reta final de Campeonato Brasileiro. Em casa, nesta quarta-feira (9), às 21h30 (horário de Brasília), a equipe recebe o Athletico-PR.
Na 17ª colocação, o Dragão precisa vencer os dois jogos e torcer para o tropeço do Cuiabá, para se livrar do rebaixamento.
Relembre o caso
Valério Luiz foi morto a tiros no dia 5 de julho, após sair do trabalho, no Setor Serrinha, em Goiânia. Ele era comentarista da Rádio Jornal 820 AM.
Segundo investigações policiais, concluído em 2013, o radialista foi morto a pedido de Maurício Sampaio devido às críticas que fazia à diretoria do Atlético-GO. O dirigente e seus advogados negam as acusações.
Em 2012, na época do crime, Maurício Sampaio era ex-vice-presidente do Atlético-GO. Ele se tornou presidente do clube em 2015 e permaneceu até 2018.
O atual presidente do clube goiano, Adson Batista, é uma das testemunhas de defesa. Atualmente, Maurício Sampaio é vice-presidente do Conselho de Administração.
Além de Maurício Sampaio, os outros quatro réus indiciados pelo homicídio e denunciados pelo Ministério Público de Goiás são: os policiais militares Ademá Figueiredo e Djalma Gomes da Silva, o comerciante Urbano de Carvalho Malta e o açougueiro Marcus Pereira Xavier.