No último domingo (4), o ex-treinador do Arsenal e atual chefe de desenvolvimento global de futebol da FIFA, Arsène Wenger, concedeu uma entrevista coletiva e deu algumas declarações polêmicas, sendo duramente criticado na Alemanha.
A Copa do Mundo 2022, contou com algumas eliminações surpreendentes na fase de grupos, como a Alemanha e Dinamarca. O chefe da FIFA comentou os pontos que foram cruciais para esses resultados ruins.
Arsène Wenger é criticado após entrevista
O mundial disputado no Catar está se encaminhando para as últimas definições, antes de iniciar as quartas de final. No entanto, a competição vem apresentando alguns resultados surpreendentes, além de eliminações precoce de candidatos ao título.
Na entrevista coletiva concedida neste último domingo (4), Arsène Wenger afirmou que as seleções que estão menos concentradas em manifestações políticas, estando focadas apenas em disputar a competição, têm mais chance de vencer o mundial de 2022. “Há times que estavam preparados mentalmente, que estavam determinados a focar na competição e não em manifestações políticas”, disse o chefe da FIFA.
A crítica do ex-treinador do Arsenal, é uma referência a algumas seleções que eram candidatas ao título ou considerada possíveis surpresas, como Alemanha e Dinamarca. As duas equipes foram eliminadas ainda na fase de grupos, além de não venceram na estreia do mundial.
A estreia é considerada uma das partidas mais importantes da Copa do Mundo. Afinal, uma vitória pode encaminhar a classificação para as oitavas, enquanto a derrota, deixa a equipe pressionada com uma possível eliminação na 2ª rodada. “Quando você joga uma Copa do Mundo sabe que não deve perder o primeiro jogo. Há seleções que têm experiência, que tiveram resultados em torneios anteriores, como a França, a Inglaterra, o Brasil, que venceram o primeiro jogo”, disse Wenger.
Na 1ª rodada, os jogadores da Alemanha cobriram a boca com uma mão antes da partida, na foto oficial, como protesto contra o veto da utilização da braçadeira “One Love”. Além disso, a Dinamarca utilizou o brasão e os patrocinadores na mesma cor do tecido da camisa, como forma de protestos ao Catar e apoio a luta dos direitos humanos.
Rapidamente, as declarações de Arsène Wenger foram criticadas. Nas redes sociais, algumas publicações afirma que é uma das ‘coisas mais embaraçosas' envolvendo a autoridade da FIFA, além de arriscar a sua reputação, desde que se ‘inscreveu nessa bobagem'.
O Catar e a FIFA são criticados por diversas decisões envolvendo a Copa do Mundo 2022. No país do Oriente Médio, é proibido por lei o relacionamento de pessoas do mesmo sexo, além de qualquer manifestação pública a favor da comunidade LGBTQIA+. Bem como denúncias anônimas apontam péssimas condições trabalhistas nas obras do estádio, resultado na morte de milhares de migrantes.
A entidade máxima de futebol, proibiu a utilização da braçadeira de capitão “One Love”, prevendo a aplicação do cartão amarelo ao jogador que descumprir a regra. Além disso, vetou o uniforme de treinamentos da Dinamarca, com a mensagem de “Direitos Humanos para todos”. As autoridades no Catar estão recolhendo qualquer item com as cores do arco-íris, sendo barrados na entrada dos estádios.
Arsene Wenger says teams who avoided political demonstrations played better at the World Cup this year. pic.twitter.com/epg7yoZW9w
— EuroFoot (@eurofootcom) December 4, 2022
