Nesta terça-feira (22), autoridades do Catar confundiram a bandeira de Pernambuco com o arco-íris da comunidade LGBTQIA+ e confiscaram o objeto. Além disso, brasileiro foi hostilizado durante as ações das autoridades locais.
A denúncia foi divulgada pelo jornalista Victor Pereira, que está trabalhando na cobertura da Copa do Mundo 2022 e desabafou após o ocorrido em suas redes sociais.
Autoridades do Catar hostilizam brasileiros
A Copa do Mundo 2022 está apenas no 3º dia, mas as polêmicas envolvendo a competição estão aumentando. Nesta terça-feira (22), após a partida entre Argentina x Arábia Saudita, o jornalista brasileiro Victor Pereira divulgou um vídeo relatando que foi hostilizado por autoridades do Catar.
Segundo o relato, ele estava com um grupo de voluntárias brasileiras e que são de Recife. Para registrar o momento e de estar em um evento como o mundial, o grupo decidiu tirar uma foto e com a bandeira pernambucana.
No entanto, autoridades do Catar e equipes de segurança confundiram o arco-íris presente na bandeira de Pernambuco com as cores da comunidade LGBTQIA+. De acordo com o grupo, as autoridades pegaram a bandeira, jogarem no chão e pisotearam.
Na publicação, Victor Pereira filmou o momento, mas a equipe de segurança também tomou o aparelho e hostilizou o jornalista, obrigando o vídeo ser deletado ou iria quebrar o objeto.
Fomos abordados por conta da bandeira de Pernambuco, que tem um arco-íris e acharam que era a bandeira LGBT. Tomaram o meu celular e só me devolveram quando deletei o vídeo que tinha. pic.twitter.com/7X2oal8bq1
— Victor Pereira (@ovictorpereira) November 22, 2022
Victor Pereira comenta episódio no Catar
Em entrevista ao G1, Victor Pereira informou que está no Catar a trabalho para a Copa do Mundo 2022, além de estar credenciado pela FIFA com o upgrade pass, que autoriza a filmagem em lugares público no país do Oriente Médio.
Na partida entre Argentina x Arábia Saudita, o jornalista estava fazendo algumas filmagens e disse que procurava alguns brasileiros para produzir o material, quando encontrou o grupo de brasileiras que são voluntárias na competição e são de Pernambuco. Elas estavam com a bandeira do estado e queriam tirar uma foto.
A confusão começou quando algumas autoridades do Catar pensaram que o arco-íris da bandeira era da comunidade LGBTQIA+, que vem sendo proibido no país. Ao se deparar com a atitude, Victor Pereira filmou o momento. “Quando eles viram que eu estava gravando, vieram para cima de mim”, comenta o jornalista e afirma que eram pessoas credenciadas e policiais.
As autoridades tomaram o celular e ameaçaram quebrar o aparelho, caso o vídeo não fosse deletado, mesmo com Victor mostrando a credencial e a autorização para filmar em locais públicos.
Após a confusão, algumas pessoas que estão trabalhando na Copa do Mudo 2022 perguntaram sobre o ocorrido e afirmaram que as autoridades não poderiam tomar essas atitudes. Além disso, o jornalista comentou que irá denunciar e utilizar as câmeras do local, mas lamenta ser um processo difícil.