A segunda fase da operação “Penalidade Máxima II”, está abalando a estrutura do futebol brasileiro está semana, inclusive com especulação de que o Campeonato Brasileiro deveria ser suspenso para investigar todos os envolvidos. Após aparecer o nome de jogadores da Série B e estaduais, foi a vez de nomes dos grandes clubes do Brasileirão serem colocados como suspeitos de participar de um esquema ilegal de apostas. O Botafogo, do Rio de Janeiro, se pronunciou de maneira bem forte sobre as especulações de que atletas do clube estariam envolvidos.
A informação surgiu após um dos aliciadores admitir que tinham oito jogadores do Botafogo que toparam participar do esquema e que estariam louco para receber a quantia prometida pelos criminosos. Porém, a alegação do clube é de que a matéria não cita em nenhum momento se trata de jogadores do Fogão, ou de outro clube, como o Botafogo de Ribeirão Preto, que leva o mesmo nome da equipe carioca.
As mensagens divulgadas pelo O Globo, apontam que as conversas aconteceram no mesmo dia em que Nathan, na época no Fluminense e atualmente no Grêmio, aceitou receber um valor por receber um cartão no duelo entre Fluminense e Fortaleza, mas que acabou não sendo relacionado, causando a revolta dos apostadores. Um outro caso no Fluminense foi o de Vitor Mendes, que levou amarelo durante um jogo e estaria envolvido no esquema. Aliás, segundo um especialista no mercado de apostas, no dia em que iria receber o amarelo, a odd de Vitor Mendes para tomar amarelo estava baixando, indicando um alto investimento nesta aposta.
Diante desta situação envolvendo supostos atletas do clube, o Botafogo se pronunciou de maneira oficial nas suas redes sociais. O clube negou todas as informações e disparou contra os jornalistas que noticiaram que jogadores do time estavam envolvidos, chamando os profissionais de irresponsáveis e que não tem nenhuma credibilidade.
Confira a nota oficial do Botafogo
“É preciso ter muita responsabilidade com qualquer notícia envolvendo as investigações do MPGO. Pedimos isso a todos os jornalistas e formadores de opinião. No material apresentado como base para o processo não citam nomes de atletas, não se sabe se é o Botafogo ou homônimo de outro estado e não podemos aceitar que julguem os nossos jogadores a partir de uma pessoa que está longe de ser qualquer exemplo de credibilidade para alguém.
É preciso agir com serenidade, aguardar as investigações, apoiá-la e tomar providências caso necessário. O Botafogo tem como pilar básico a ética profissional e não abre mão disso como propósito. E pede a todos os envolvidos com o futebol brasileiro que ajam da mesma forma. Cabe frisar que o Clube repudia toda e qualquer prática de manipulação de apostas esportivas, bem como apoia e se coloca à disposição para auxiliar nas investigações promovidas pelo Ministério Público de Goiás com o objetivo de combater esta prática, que fere os princípios éticos e profissionais do desporto”, afirmou o clube em nota.