CBF e patrocinadores arregaçam as mangas pela despolarização da camisa da seleção

Após o fim das eleições e início da Copa do Mundo de 2022, no Catar, a CBF tem trabalhado intensamente para desassociar a camisa verde e amarela da Seleção Brasileira com relações políticas. Os grupos políticos de direita e extrema-direita começaram a usar a camisa em forma de expressão política.

Contudo, a Confederação Brasileira quer mudar essa imagem do manto amarelo que sempre fez sucesso entre os brasileiros, para voltar ao original significado da camisa: “A camisa da Seleção é de todos os brasileiros, não é desse ou daquele. É daqueles que fizeram a história do futebol brasileiro acima de tudo.”

Dessa forma, iniciaram uma nova campanha no mês de novembro com o tema “Energia”. No vídeo divulgado, os torcedores são convidados a deixarem de lado as questões políticas e se juntarem pala Seleção Brasileira, com a música de fundo “Tão Bem”, de Lulu Santos.

Do mesmo modo, a CBF instiga o brasileiro a despertar novamente a paixão pela Seleção e as cores verde e amarelo.

“É o início de uma campanha institucional. Passará na TV aberta e fechada, e nas redes sociais. É para mostrar que todos podem se sentir bem com a camisa da Seleção”, disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

A Seleção Brasileira estreia na busca pelo hexacampeonato nesta quinta-feira (24), contra a Sérvia, às 16h, horário de Brasília.

Personalidades opinam sobre a camisa verde e amarela

O candidato opositor a Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 e o futuro presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, defendeu a ideia de que “a gente não tem que ter vergonha de vestir a nossa camisa verde e amarela. O verde e amarelo não é de candidato, não é de partido. O verde e amarelo são as cores para 213 milhões de habitantes que amam este país.”

A vestimenta ainda é usada por manifestantes que defendem o presidente Jair Bolsonara e que não concordam com os resultados das eleições de 2022. Nesse sentido, a comentarista Flávia Oliveira, da GloboNews acredita que “esta camisa não foi sequestrada por um movimento político que eu possa considerar legítimo, no sentido de democrático. Ela foi apropriada por um movimento político de extrema-direita, que vai de encontro a tudo que defendo, em termos de diversidade, de respeito aos povos originários e tradicionais, em termos de enfrentamento ao racismo, à LGBTQIA+fobia. São significados muito profundos, diferenças políticas e ideológicas, e sobretudo democráticas, que são inconciliáveis.”

 

 

Carolina Castro Carolina Castro

Tenho 25 anos e sou formada em jornalismo. Desde criança desenvolvi o gosto por esporte e por isso escolhi ser jornalista. Foi a profissão que me deixou mais próxima daquilo que mais amo: falar e escrever sobre esporte.

[blocksy_breadcrumbs]