Após saída de Cuca, Corinthians tem denúncia de assédio

Logo depois da classificação na Copa do Brasil, o técnico Cuca anunciou que estava saindo do comando do Corinthians, depois de apenas dois jogos.

A decisão, segundo o treinador, foi um pedido da família, depois que ele foi alvo de protestos desde sua chegada ao clube, por conta da acusação de assédio sexual que aconteceu no final dos anos 80.

Após a saída do treinador, a esperança era que as coisas ficassem mais leves, apesar da pressão por um treinador às vésperas de um derby, porém, Camilla Lewin, musa do clube, revelou que foi vítima de assédio por parte de um jogador profissional.

Segundo ela, um atleta do Corinthians entrou em contato através de mensagens privadas de uma rede social, para pedir que ela fosse sua personal particular, porém para isso, ele queria que sempre durante as aulas ela estivesse nua.

“Ele me chamou no direct do Instagram e pediu que eu desse treinos na casa dele. E deveria estar nua. Fiquei indignada com a proposta e xinguei ele. Gosto de ser respeitada. Não admito essas coisas”, disse a influenciadora.

Segundo a modelo, já é rotineiro receber mensagens e comentários abusivos em suas redes sociais, e que está cansada da situação. Camilla pede para que os homens pensem nas mulheres de suas famílias antes de comentarem e fazerem algo:

“Toda mulher deve passar por isso. Ainda mais que posto fotos sensuais. Assim, as pessoas se escondem através de uma tela e acham que podem ser escrotos. Homens aprendam: sejam carinhosos, educados, pacientes e respeitadores. Não ajam com outra mulher o que vocês não gostariam que agissem com sua filha ou mãe”, finaliza.

O assédio com mulheres que atuam ou frequentam ambientes onde a maioria é homem, é constantemente denunciado, mas ainda deslegitimado. Jornalistas, torcedoras, jogadoras, diretoras, musas e tantas outras lidam com comentários e insinuações por conta de suas posições ou de seu trabalho, uma batalha cansativa, mas que precisa existir.

Jade Gimenez Jade Gimenez

Jornalista, fascinada por esporte desde a infância, paixão que se tornou profissão. Além do futebol me mantenho por dentro de outras modalidades desde Fórmula 1 à NFL. Trabalhei como repórter em TV e rádio cobrindo partidas de futebol, futsal e basquete.

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