O São Paulo vive uma das maiores crises de sua história. Além do desempenho abaixo do esperado dentro de campo e a seca de títulos, o clube vive um caos financeiro como poucas vezes antes visto na história do clube. No fim de 2019, o balanço financeiro demonstrou que o São Paulo teve um déficit de R$180 milhões, situação que agravou a pressão sob o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
A venda de Antony ao Ajax, que foi anunciada oficialmente no último sábado, ajudou a amenizar a situação, mas não resolve completamente os problemas enfrentados pelo São Paulo. A operação da venda do atacante pode render cerca de R$ 134 milhões ao tricolor paulista, que estão divididos da seguinte forma:
- 16 milhões de euros ( aproximadamente R$74 milhões) por Antony;
- 6 milhões de euros (cerca de R$28 milhões) em caso de metas cumpridas pelo jogador em seu novo clube;
- 7 milhões de euros ( cerca de R$32 milhões) por 20% da revenda futura que o São Paulo tinha de David Neres.
O São Paulo ainda fica com 20% de mais valia, ou seja, uma porcentagem do que exceder 16 milhões de euros de uma possível venda futura de Antony pelo Ajax.
Destes valores, o São Paulo irá receber R$32 milhões à vista R$74 milhões até o fim do ano. O próprio jogador abriu mão de 10% dos direitos econômicos que tinha direito, enquanto os outros R$28 milhões dependem do desempenho do atleta em novo clube. As cifras devem ficar para 2021.
Os R$ 32 milhões, por sua vez, serão utilizados inicialmente para quitar direitos de imagem e algumas luvas de jogadores que têm isso no contrato, como, por exemplo, Daniel Alves. Os salários também serão pagos com esse valor.
A fatia inicial também será importante para o São Paulo ter fluxo de caixa. Um dos grandes problemas do clube no ano passado foi exatamente a falta desses recurso devido às eliminações precoces na Libertadores e na Copa do Brasil.