Estudo feito pela FIFA em conjunto com a Confederação Brasileira de Futebol, mostra os números do árbitro de vídeo – VAR em nosso país nos primeiros três anos de utilização do sistema.
Existente desde o início dos anos 2010, o VAR veio a ser utilizado pela primeira vez no Brasil com maior vigor a partir de julho de 2018, na Copa do Brasil daquele ano.
Somando os três anos onde a tecnologia já foi utilizada em nossos campeonatos desde 2018, passando por 2019 e 2020, foram 760 jogos pelo Campeonato Brasileiro, 74 pela Copa do Brasil, 6 no Brasileirão Feminino, 8 pela Copa Verde e Nordeste e mais uma pela Supercopa do Brasil.
O que dá o total de 851 partidas onde o VAR fora utilizada em nosso país nos campeonatos organizados pela CBF.
De acordo com esse estudo da FIFA e da CBF, em 2020 foram chegados 2.698 lances pelo árbitro de vídeo, o que dá uma média de 7,1 por jogo, sendo que desses, o árbitro de campo revisou o lance em 212 casos ao longo do último ano.
Do total de revisões chegadas, em 188 ocasiões o árbitro de campo voltou atrás de sua decisão, mudando a sentença dentro das quatro linhas.
De todas as revisões em 2020, 48 delas estavam relacionadas com impedimentos em lances de gols – com 19 anulações e 27 confirmações. Além desses, 67 foram lances de pênaltis, com 59 a favor e apenas 8 contra.
Com a tecnologia a favor da arbitragem, só em 2019 a aplicações de cartões aumentaram 21,6%, enquanto em 2020 esse número cresceu 19,7%.
Assim como também o número de pênaltis também teve um aumento, sendo que me 2019 a marcação desse lance cresceu 29,5% e em 2020, 22,2%.
Ponto negativo e de debate do VAR
O ponto de maior debate da utilização do Árbitro de Vídeo no Brasil é quanto à demora na checagem dos lances polêmicos, com tempo médio de 43 segundo (2019) e 46 segundos em 2020.
Se o árbitro de campo precisar ir à cabine do VAR, esse tempo aumento ainda mais, passando para 84 segundos (2019) e 73 segundos em 2020.
Em entrevista recente, o chefe de arbitragem da CBF – Leonardo Gaciba declarou que a partir do conhecimento da tecnologia, os árbitros de campo passaram a diminuir esse tempo de checagem, conforme o próprio destacou:
“Os números nos dizem que os árbitros estão decidindo em menos tempo, sem abrir mão da precisão, que é o mais importante para todas as partes envolvidas no esporte mais popular em nosso país. Quanto mais os árbitros de campo tomarem decisões certas, menos vídeo será utilizado. O mais importante é que a equipe de árbitros, como um todo, tome a decisão correta”.