O Catar é alvo de várias críticas e manifestações contra a violação dos direitos humanos desde que foi confirmado que seria o país-sede da Copa do Mundo de 2022. Sendo assim, antes do início do Mundial, várias seleções já se manifestaram contra o país, e agora, os EUA também confirma seu posicionamento ao declarar apoio para a comunidade LGBTQIA+.
Seleção dos EUA declara apoio a comunidade LGBTQIA+.
Um dos direitos violados pelo país do Golfo é a descriminalização de relacionamentos homoafetivos, onde à pessoa pode receber até uma pena de prisão de sete anos.
Dessa forma, os Estados Unidos levará a campanha “Be The Change”, iniciativa adotada desde 2020, para o centro de treinamento da Copa do Mundo, onde as cores das sete listras compostas no escudo da Seleção serão alteradas.
Em apoio a comunidade LGBTQIA+, os EUA usará as cores do arco-iris nos escudos estampados no CT do Mundial e na sala de imprensa.
Quando estamos em um palco mundial e em um local como o Catar, é importante conscientizar sobre essas questões, é disso que se trata “Be the Change”. Não queremos chamar a atenção só nos Estados Unidos para as questões sociais, mas também no exterior. Reconhecemos que o Catar avançou e houve muito progresso, mas ainda há trabalho a fazer – disse o treinador da seleção estadunidense, Gregg Berhalter, em coletiva nesta segunda-feira.
Ainda, o técnico confirmou que o país anfitrião teve um progresso desde que o Catar como anfitrião da Copa do Mundo: “reconhecemos que o Catar avançou e houve muito progresso, mas ainda há trabalho a fazer.”
Da mesma forma, o goleiro, Sean Johnson, também confirmou apoio a causa ao dizer “somos um grupo que acredita na inclusão e continuaremos a projetar isso daqui para frente.”
“We’re a group that believes in inclusivity, and we’ll continue to project that going forward.”
— @SeanJohnGK— U.S. Men's National Soccer Team (@USMNT) November 14, 2022
Be The Change e One Love
A Seleção dos Estados Unidos adotou a campanha “Be The Change” após a morte de George Floyd pelo policial de Minneapolis. Vale lembrar também, que esse mesmo acontecimento ascendeu o movimento Black Lives Matter. Desde então, os EUA leva o “Be The Change” por onde passa.
Além da seleção americana, outras equipes estão demonstrando apoio a comunidade, como a Seleção da Inglaterra, onde Harry Kane assumiu o risco de ser punido pela FIFA ao usar a braçadeira de capitão nas cores do arco-iris.
As seleções da Holanda, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Suíça e País de Gales também apoiou a campanha ‘OneLove' e terão a mesma ação que o capitão inglês.
Contudo, o goleiro da França, Hugo Lloris, afirmou que não fara parte do movimento porque “quando recebemos estrangeiros, queremos que eles cumpram nossas regras e nossos requisitos. Farei o mesmo no Catar. Eu tenho que mostrar respeito por isso.”