Sem dúvidas, o maior dilema da seleção brasileira de Tite nesta Copa América é protagonizada por Éverton e David Neres. Com a ausência inesperada de Neymar, o lado esquerdo do setor ofensivo do Brasil ganhou uma disputa interessante, mas com um principal fator a ser resolvido: a oscilação.
posição deles é simplesmente a de Neymar, principal jogador do país e cortado por lesão. Assumir tamanha responsabilidade com tão pouca idade é um atalho para a inconstância. Na visão de Tite, isso tem feito com que o reserva, seja quem for, atue melhor do que o titular.
– É importante ter jogadores jovens, mas com a manutenção da regularidade. Quando entrou o Neres (durante o jogo), deu resposta melhor do que o Cebolinha iniciando. Aí foi Neres titular, entrou o Cebolinha e também deu essa possibilidade – ponderou Tite.
A disputa entre os dois jovens jogadores começou no primeiro amistoso antes da Copa América, contra o Catar. Após a lesão de Neymar, Éverton entrou ainda no primeiro tempo, mas não teve boa atuação. David Neres foi a campo apenas na segunda etapa, na vaga de Richarlison.
Nos dois jogos disputados pela Copa América até aqui, Neres foi titular e não brilhou, embora tenha tido bons momentos no empate com a Venezuela, especialmente quando deslocado para o lado direito. O atacante do Grêmio entrou nos dois jogos: fez um golaço sobre a Bolívia e sua jogada individual só não garantiu a vitória na última terça-feira porque o chute de Coutinho desviou em Firmino, impedido.
Desta vez, Éverton parece mais pronto e mais intenso para atuar neste setor do campo; Por David Neres ser canhoto, consegue melhor rendimento no lado direito do ataque, onde Richarlison é incontestável, e por isso, foi improvisado no lado esquerdo.
Cobrado por mudanças, até mesmo pelo seu próprio discurso sobre ter demorado demais para mexer no time na Copa do Mundo do ano passado, Tite tem em Cebolinha uma possibilidade de apoio popular. Na Fonte Nova, os torcedores pediram em coro sua entrada.
