A Copa do Mundo nos faz presenciar toda a paixão por aqueles que amam o futebol. São milhares de pessoas que acompanham com nervosismo os jogos de sua seleção. Mas muitas vezes, essa paixão vai além e vira destaque fora do país.
É o que vemos a torcida da Argentina, os hermanos são fervorosos quando o assunto é vibrar pelo time. É claro que a Argentina possui tradição no esporte e não é somente durante as partidas da seleção que os torcedores apoiam a equipe. O futebol nacional argentino também é sinônimo de muito amor e emoção.
Após o primeiro jogo em que a Argentina perdeu para a Arábia Saudita por 3×0, vimos a seleção se reerguer dar a volta por cima e chegou às semifinais, ao eliminar a Holanda nos pênaltis. Em todo esse tempo, o time não ficou sozinho, ao lado estavam sempre os torcedores que festejavam com Messi e companhia.
Quem percebeu esse entusiasmo dos hermanos foi o ex-atacante alemão Phillipp Lahm. O ex-jogador atuou pela seleção de seu país quando eliminou a Argentina nas Copas do Mundo de 2006, na África do Sul em 2010 e naquela que conquistou o título no Brasil em 2014, a qual também foi capitão da equipe. Para Lahm, La Bombonera (estádio do Club Atlético Boca Juniors) está em Doha, fazendo muita festa.
“A Bombonera já está em Doha e a Argentina é, sem dúvida, uma das grandes atrações desta Copa do Mundo, porque sua torcida a homenageia cantando permanentemente”, descreveu Lahm, em sua coluna no jornal El País, de Madrid.
Além de falar sobre a paixão dos torcedores argentinos, Lahm aproveitou para confirmar que a Argentina é um dos seus clubes favoritos nesta Copa do Qatar.
“É que mesmo tendo perdido para a Arábia Saudita, a Argentina também está entre os meus favoritos desde o primeiro jogo porque encontrou uma nova distribuição de tarefas com Lionel Messi. Em 2014, quando ele perdeu a final conosco no Brasil, seus companheiros esperavam que ele resolvesse tudo, mas agora eles jogam para que ele encontre seus momentos em cada jogo.”
Lahm ainda comenta que a Seleção Argentina é um exemplo a ser copiado por outros países, principalmente pela Espanha, em que muitos jogadores de destaque não fazem mais parte da equipe. Com isso, conclui com elogios, a atuação de Lionel Scaloni, para ele o técnico deve motivar sua equipe e possuir a ideia de que o time precisa ficar com a bola para assim chegar ao ataque.
“O trabalho que a Argentina faz deve ser copiado por muitas outras seleções do mundo, como a Espanha, agora que os excepcionais jogadores do passado se foram. Acredito que neste momento se mostra a solução ideal à Espanha e às demais seleções argentinas, porque irradia incondicionalidade”, destacou.
“E com base nisso devemos destacar que o técnico argentino, Lionel Scaloni, programa seu time para ganhar a bola constantemente, e esse é um conceito defensivo sustentável, até porque é o técnico quem empurra seu time para o ataque. Porque normalmente as seleções não têm uma estrutura ideal, pois seus integrantes raramente treinam juntos, mas a Argentina se organiza como um clube”, finalizou Lahm.
Enquanto assistimos a Copa do Mundo e a bela atuação dos hermanos, é possível entender como a Argentina construiu uma seleção durante anos e ganhou novamente espaço em torneios. Mesmo que na Rússia, a Argentina tenha sido eliminada nas oitavas de final, a Copa do Qatar já mostra que essa é uma nova seleção.
Foto de destaque: FIFA