Na madrugada desta segunda-feira (6), uma sequência de tremores de terra atingiu a parte central da Turquia e o noroeste da Síria. O terremoto de 7,8 de magnitude já deixou mais de três mil pessoas mortas nos dois países e milhares de feridos. Por isso, o país inteiro se mobilizou para encontrar as vítimas ainda desaparecidas. É que o que relatou o jogador brasileiro Willian Arão, que defende o Fenerbahçe, da cidade de Istambul. O volante mora na região desde 2022, quando deixou o Flamengo após seis temporadas defendendo o Rubro-negro.
“Tem muita gente se mobilizando, já tem muita gente saindo propriamente de Istambul, que é propriamente onde eu vivo, indo pra lá [área mais afetada], ajudando, todo mundo de alguma forma tentando ajudar. Eu consegui ver o pessoal do clube tentando bolar uma estratégia pra ver como nós, jogadores e o próprio clube, poderíamos ajudar de alguma forma.” – disse Willian Arão ao Globo News.
Terremoto na Turquia equivale a 160 bombas de Hiroshima
O terremoto que ocorreu nesta segunda-feira (6) na Turquia, foi o maior registrado desde 1939, quando o país passou por mais uma tragédia ao registrar mais de 30 mil mortes. Dessa forma, José Roberto Barbora, especialista em sismologia na Universidade de São Paulo, afirmou que a energia produzida pelo abalo sísmico equivale a mais de 160 bombas atômicas que atingiram Hiroshima, em 1945, na Segunda Guerra Mundial.
William Arão fala após terremoto na Turquia: “é um clima de luto”
William Arão que vive na cidade de Istambul desde 2022, quando foi defender as cores do time do Fenerbahçe, relatou que não sentiu o tremor, onde faziam preparação para a próxima partida da equipe. Mas que após saber do ocorrido, foi logo comunicar aos seus irmãos e seu pai que estava tudo bem com ele e também, entrou em contado com sua família que vive na Turquia.
Contudo, a preocupação ainda não amenizou por saber que existem parentes e conhecidos de outros jogadores e colaboradores do clube que estavam na zona do tremor que até o momento matou 3 mil pessoas e ainda não se sabe o número de desaparecidos.
“Os próprios jogadores que têm amigos, alguns trabalhadores do nosso time, os funcionários, todos eles têm amigos de algumas partes desses lugares [atingidos]. Então, você vê apreensão neles e sente a dor deles, porque pode acontecer com qualquer um. É muito triste. Você vê crianças, você vê gente de todas as idades. E, como eu disse, tem ainda a questão do frio também que em algumas partes estão com -2°C, -3°C, sensação de -5°C” – disse o volante.