Na manhã desta sexta-feira, o ex-presidente do Santos, Orlando Rollo foi preso em Santos, durante uma operação policial. Não foi revelado mais detalhes da operação realizada pela Corregedoria da Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado de São Paulo por conter segredo de Justiça.
Uma investigação feita pelo Ministério Público, que não tivemos acessos aos autos ainda. Teremos durante o curso do dia. Vão passar por uma audiência de custódia ainda no período da manhã e, em seguida, terei acesso ao conteúdo probatório. Sabemos, unicamente, que é algo relacionada a uma investigação feita por eles e uma grande apreensão de substância entorpecente. Participaremos da audiência de custódia, ainda no período da manhã, e vamos tentar a revogação da prisão.”, disse o advogado Armando de Mattos Júnior.
Os oficiais realizaram seis ordens de prisão e seis mandados de busca e apreensão por conta de transgressão contra a administração pública e tráfico de drogas. Sendo assim, um dos suspeitos é Orlando Rollo, policial civil e ex-presidente do Santos após impeachment de José Carlos Peres em 2020. Contudo, em dezembro do mesmo ano, Andres Rueda ocupou o cargo após vencer a disputa pela presidência do Peixe.
Confira nota do Gaeco confirmando a operação:
“Na manhã desta sexta-feira (18/11), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou operação mirando no tráfico de drogas e em crimes contra a administração pública, cumprindo seis mandados de busca e apreensão e seis de prisão em Santos e São Vicente. Entre os presos por determinação da Justiça paulista estão quatro policiais civis.
A investigação, que conta com a parceria da Polícia Federal, tramita em segredo de Justiça.
Integrantes da Corregedoria da Polícia Civil prestam auxílio à operação.”
Contratação de Robinho
A estádia curta na presidência do Santos não poupou de Orlando Rollo se envolver em algumas polêmicas. Em outubro de 2020, o presidente acertou a contratação de Robinho. Contudo, o ex-atacante do Milan, foi condenado em primeira instância, na Itália, por violência sexual cometida em 2013, contra uma mulher de 22 anos. Ele e mais cinco pessoas foram condenados a cumprirem nove anos de prisão.
No entanto, essa ação de Orlando foi prejudicial ao Santos, onde teve perdas milionárias de patrocínio, como a da Orthopride que rompeu contrato com o clube paulista. Na sequência, Robinho tem seu contrato interrompido pelo próprio Peixe e nem fez sua reestreia na Vila.
Ainda mais, residindo no Brasil, o ex-atacante do Santos, não pode sair do país porque está na lista da Interpol tendo chance de ser preso em mais de 195 países. A Justiça da Itália pediu ao Brasil a extradição do ex-jogador, porém com a Constituição de 1988, o país não é obrigado a extraditar brasileiros