FIFA cria sistema de supervisão de mensagens para proteger atletas

A FIFA criou o serviço de supervisão. O intuito deste trabalho é proteger os jogadores de mensagens de ódio nas redes sociais. Foi anunciado pela FIFA, nesta sexta-feira (9), que o serviço detectou mais de 100 mil mensagens de caráter preconceituoso e ameaçador contra os atletas durante a fase de grupos da Copa do Mundo, no Catar.

A criação do serviço de supervisão surgiu de uma parceria entre a FIFA e o Sindicato Internacional de Futebolista Profissionais (FIFPro). Durante o processo e o andamento do Mundial, foi ocultado de forma automática, mais de 100 mil comentários de cunho ofensivo. Em conjunto, foram denunciadas mais de 6 mil publicações às empresas gestoras das redes sociais.

O SMPS, sigla do serviço de supervisão de mensagens, esteve à disposição de todos os atletas de todas as 32 seleções que estiveram presentes na maior competição de futebol do mundo. O seu objetivo é diminuir a visibilidade da citação de ódio, através de mensagens, ocultando para as vítimas e fãs e denunciando nas plataformas e órgãos responsáveis, protegendo todos que possam sofrer com os atos.

Desde o anúncio da FIFA, em relação a sede da Copa do Mundo de 2022, no Catar, houve diversos debates em como os direitos humanos poderiam ser feridos, pois se tratava de um país culturalmente preconceituoso, e com o início da competição não poderia ser diferente. Alguns dos países participantes tentaram protestar, como foi o caso da Inglaterra, que o seu capitão, Harry Kane, gostaria de estampar as cores LGBTs em sua braçadeira, porém, proibido pela FIFA. E comunicando que o atleta que fizesse o ato, seria punido com cartão amarelo e foi disponibilizado para o uso da braçadeira com a frase “No discrimination”. Outras seleções protestaram, como o caso da própria seleção inglesas, que se ajoelhava antes do seus jogos em combate ao racismo. Já a Alemanha que, na pose para a foto pré-jogo, os atletas colocaram a mão na boca, e a Dinamarca, que colocou seu escudo monocromático, pois gostaria de passar despercebido em uma Copa do Mundo, na qual o país-sede é tão controverso.

A FIFA tem um código de disciplina com tolerância zero em casos de racismo e discriminação e o serviço de supervisão de mensagens serve como suporte para que este código seja posto em prática no ambiente virtual.

Estes dados mostram que as ofensas e agressões online são um problema alarmante para os futebolistas e para toda a sociedade, com consequências nefastas para a saúde mental e para o bem-estar, que não podem ser descuradas“, frase transmitida pela FIFA.

Casos de racismo e preconceito no meio do futebol não são de hoje. Diversos casos foram surgindo com o passar do tempo, dentro e fora dos estádios tem sido recorrentes esses atos tão repugnantes. Com o avanço da tecnologia e surgimento das redes sociais, infelizmente, cresceram bastante os discursos de ódio, muitos se aproveitam do anonimato para disparar palavras agressivas. A Eurocopa de 2020, foi um triste exemplo dessa situação, quando Jadon Sancho e Bukayo Saka, jovens negros, perderam os pênaltis que fizeram com que a Inglaterra perdesse o título para a Itália, ambos sofreram bastante com as mensagens racistas direcionada a eles. Fica a torcida de que. com o surgimento do serviço supervisão de mensagens, o combate contra o preconceito no futebol seja mais efetivo e surja cada vez mais meios de enfrentamento, reduzindo cada vez mais esses atos abomináveis, e possamos admirar o futebol em seu estado mais puro.

Foto destaque: Fifa.com

Ícaro Bispo Ícaro Bispo

Sou Ícaro Bispo, tenho 24 anos, sou analista de desempenho, graduando em Fisioterapia. Sou um apaixonado por futebol e suas incríveis histórias.

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