Com a proximidade da Copa do Mundo, as polêmicas em relação à competição e o país sede só aumentam. Nas últimas semanas, mais alguns assuntos controversos vieram à tona, como a forte declaração do ex-presidente da FIFA Joseph Blatter dizendo que errou ao escolher o Catar como sede do mundial.
A FIFA tenta se posicionar em relação às leis e costumes do Catar para serem respeitados ao máximo, pedindo para que o emirado também conceda algumas permissões durante a Copa. Apesar disso, a previsão é de muitas manifestações e protestos, ainda que silenciosos, por parte de jogadores e seleções.
Umas das primeiras seleções a se manifestar, através da fornecedora de uniformes, foi a Dinamarca. A empresa Hummel, ao lançar os uniformes da seleção, declarou que os modelos foram feitos com a marca da mesma cor da camisa, pois não queriam ser visíveis em um mundial que custou tantas vidas para acontecer.
Outro exemplo, que aconteceu recentemente, foi ligado à Federação Inglesa de Futebol. O capitão Harry Kane em conjunto com a sua seleção decidiram que o atacante irá utilizar a braçadeira em alusão à bandeira LGBTQIA+. Em decisão polêmica, a FIFA resolveu punir a seleção apenas por usar essa braçadeira.
FIFA proíbe camisa da Dinamarca para a Copa do Mundo
Uma das principais críticas ao Catar na organização da Copa do Mundo são as muitas mortes de trabalhadores em obras para a realização do mundial. Além disso, o emirado rejeitou pagar indenização às famílias desses funcionários.
Então, o mundo questiona à que custa está sendo realizada essa Copa do Mundo 2022 e se tantas violações aos direitos humanos não podem manchar um evento de tamanha importância.
Dito isto, a seleção da Dinamarca iria usar uma camisa para treinamento com os dizeres “Direitos Humanos Para Todos”. Porém, a Federação enviou o pedido à FIFA e a entidade negou o uso da camisa, mesmo que somente nos treinamentos, alegando ser uma “mensagem política”. A Federação Dinamarquesa lamentou:
Enviamos um pedido à FIFA, mas a resposta não foi a que esperávamos. Lamentamos profundamente.
A decisão da FIFA gerou muita repercussão, pois os Direitos Humanos não são um posicionamento político e sim um acordo que atende a todos. Como a instituição considerou um posicionamento político, deixou claro as dificuldades do Catar em lidar com esses direitos, visto que uma pequena mensagem em uma camisa de treino teve de ser proibida na Copa do Mundo.
Entre protestos e polêmicas, a Copa do Mundo começa no dia 20 de novembro, no Catar. A Dinamarca estreia na terça-feira (22) contra a Tunísia, no Estádio da Cidade da Educação. Com certeza haverão mais manifestações sobre os Direitos Humanos durante essa edição da Copa e você acompanha tudo aqui, no Minha Torcida.