ESTUDOS COMPROVAM! Imaginar um resultado hipotético pode ajudar atletas de alto nível

O brasileiro carrega consigo, até mesmo no seu DNA, o sonho de ser um jogador de futebol e um dos atletas de alto nível que brilham vestindo a camisa de diversos clubes pelo mundo. Porém, a jornada até se chegar as grandes ligas é muita complicada, passando por momentos difíceis, que fazem com que muitos desistam dos seus sonhos. Além disto, é necessário ter uma mentalidade apurada para não se deixar levar pelas facilidades que a fama e o status do futebol pode proporcionar para este atletas. 

Cada vez mais os clubes estudam maneiras de conseguirem aproveitar melhor seus talentos vindo da base e também, em um futuro próximo, ter cada vez mais jogadores revelados no clube. Um dos estudos recentes demonstra que a só a possibilidade de atletas de alto nível imaginarem uma goleada sobre o adversário, já auxilia a melhorar o desempenho de um atleta de futebol, seja ele da base ou do profissional.

Pesquisa mostra os impactos de cenários no desempenho de atletas de alto nível

Realizada pelo especialista em performance do futebol, Lincoln Nunes, a pesquisa vai muito além de apenas imaginar cenários e mostra que, quando empregada da maneira correta, esta técnica pode ter impactos concretos na performance dos atletas. Entretanto, Lincoln acredita que todo este processo para um momento conturbado, já que é banalizado e por muitas vezes usado da maneira errada. 

As pessoas não mergulham profundamente na técnica ou não têm uma compreensão real de como ativá-lo em sua verdadeira essência, acreditam que é algo místico, lei da atração, mas na verdade, é um mecanismo muito poderoso da nossa mente que está a disposição de qualquer pessoa”, observa o especialista.

O autor do estudo ainda amplia mais sobre o assunto, alegando que a explicação para o uso desta técnica está justamente no processo de informações realizados pelo nosso cérebro, que quando imaginamos uma situação, algumas áreas cerebrais entendem que é como se a gente realmente estivesse fazendo aquilo. Basicamente nosso cérebro não consegue distinguir de maneira exata o que seria real e o que é apenas fruto da nossa imaginação. Um exemplo disto é que quando vemos um filme, podemos acabar tendo diversas emoções, mesmo sendo apenas uma ficção.

Médico americano falou sobre imaginação de cenários

Usado por muitos treinadores e preparadores de atletas de alto nível, a imaginação de cenário é estudada a muitos anos. Em 1930, o médico e psiquiatra americano Edumundo Jacobson, um dos mais renomados da área e professor de Harvard, descobriu que ao imaginar erguendo um objetivo, os músculos presentes nesta ação era ativadas. Ao longo dos anos seguintes, muitos estudos acabaram comprovando e ampliando sobre esta questão, como comenta Nunes.

“Entre essa época e a atualidade, dezenas de estudos confirmam esse resultado, encontrando repetidamente fortes correlações entre o ensaio mental – ou seja, a visualização – e o aumento no desempenho. Assim, ao se visualizar realizando um movimento ou uma ação específica, nosso cérebro cria conexões neurais que fortalecem o circuito responsável por essa ação. E isso ajuda para que o atleta se sinta mais confiante”, ressalta Lincoln.

Estudo tenta acabar com mito sobre a técnica usada

A iniciativa do estudo também visa desmistificar a maneira como está prática é vista, sendo muitas vezes associada à autoajuda genérica. O especialista, que têm experiência com profissionais da Seleção Brasileira, Série A do Brasileirão, entre outras áreas, destaca a importância desta abordagem científica para a visualização deste resultados, nos atletas de alto nível.

 “Quando você se baseia na ciência e utiliza a visualização de forma correta, ela se torna uma ferramenta poderosa para os atletas alcançarem seu máximo potencial”, afirma.

Esta pesquisa também demonstra que, quando aplicada da maneira correta, a visualização pode aumentar a taxa de sucesso dos atletas nos momentos cruciais do jogo. Focando em atletas de alto nível no futebol, principalmente na Premier League, o estudo explora a maneira as decisões são tomadas por este jogadores, principalmente em momentos decisivos das partidas. Neymar, craque brasileiro, também já teve seu cérebro estudado e foi responsável pela mudança de trajetória profissional de um brasileiro.

“Nossos dados indicam que a visualização não só melhora o desempenho, mas também tem um impacto tangível no valor de mercado do atleta. Isso se traduz em uma vantagem tanto para o jogador quanto para o clube”, completa Nunes, sobre o estudo feito com atletas de alto nível.

https://twitter.com/Lu852Lu/status/1702126688321352117

Sobre Lincoln Nunes

Criador do Método Atleta de Elite, filósofo, psicanalista, preparador mental e especialista em performance esportiva. Com um grande currículo, ele apresenta cases de sucesso ao longo da sua carreira. O especialista já atendeu medalhistas olímpicos, estrelas do futebol europeu e nacional como Philippe Coutinho, Emerson Royal, Raphinha, Artur Victor, Pedro Rocha, dentre outros atletas de alto nível que foram atendidos por Nunes.

Otávio Silva Otávio Silva

Estudante de jornalismo com experiência em assessorias de imprensa e em portais de noticias. Apaixonado por escrever sobre esportes, mas com uma paixão ainda maior pelo futebol. Gaúcho de Porto Alegre e admirador do futebol raiz.

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