Inglaterra ignora FIFA e jogador usará braçadeira LGBTQIA+ na Copa

Desde quando Catar foi escolhido como anfitrião da Copa do Mundo, que personalidades do futebol tem se manifestado contra a escolha da FIFA devido aos crimes cometidos no país. Ainda, a Inglaterra e outras seleções europeias não gostaram nenhum um pouco com o recado da FIFA de ignorarem a política e focarem apenas no futebol durante o Mundial

Protesto dentro de campo!

A FIFA tem preocupação com o uso da faixa de capitão com as cores LGBTQIA+, um dos movimentos que as Seleções planejam durante o Mundial, em forma de protesto perante as leis do Catar que proíbem relações homoafetivas.

A UEFA pediu autorização a Federação para que os jogadores possam usar a braçadeira de capitão nas cores da comunidade LGBTQIA+ no entanto, não tiveram nenhum retorno.

A FIFA proíbe esse tipo de pronunciamento em qualquer competição internacional, mas a Seleção da Inglaterra está disposta a arcar com as consequências para apoiar o capitão Harry Kane a usar a braçadeira “One Love”. O centro-avante já faz uso nos jogos do Tottenham, da Inglaterra e se manifestou sobre a ação:

Tenho a honra de me juntar aos outros capitães de equipe para apoiar esta importante campanha ‘OneLove'. Como capitães, competimos em campo, mas juntos lutamos contra todas as formas de discriminação. Isso faz ainda mais sentido em nossas sociedades divididas. A braçadeira enviará uma mensagem clara enquanto o mundo nos assiste”, disse.

Do mesmo modo, outras seleções também planejam a participar do movimento como: Holanda, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Suíça e País de Gales.

Além de Kane, os ex-jogadores Eric Cantona e o Philipp Lahm anunciaram ficar longe dos assuntos de Mundial, em forma de protesto ao país do Golfo.

Unindo forças em defesa dos direitos humanos

Federações europeias emitiram uma declaração como parte do Grupo de Trabalho da UEFA sobre Direitos Humanos e Trabalhistas, comunicando que reconhecem que o Catar evoluiu desde a escolha como país anfitrião, mas que ainda continuarão a tratar questões fora de campo em prol dos direitos humanos.

Também reconhecemos que todos os países têm problemas e desafios, e concordamos com a FIFA que a diversidade é uma força. No entanto, abraçar a diversidade e a tolerância também significa apoiar os direitos humanos. Os direitos humanos são universais e se aplicam em todos os lugares.

Ainda mais, acreditam que o futebol pode ajudar positivamente nos movimentos em defesa dos direitos humanos.

A FIFA se comprometeu repetidamente a fornecer respostas concretas sobre essas questões – o fundo de compensação para trabalhadores migrantes e o conceito de um centro de trabalhadores migrantes a ser criado em Doha – e continuaremos pressionando por estes sejam entregues.

Acreditamos no poder do futebol para fazer contribuições positivas e credíveis para uma mudança progressiva e sustentável no mundo.

 

 

Carolina Castro Carolina Castro

Tenho 25 anos e sou formada em jornalismo. Desde criança desenvolvi o gosto por esporte e por isso escolhi ser jornalista. Foi a profissão que me deixou mais próxima daquilo que mais amo: falar e escrever sobre esporte.

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