Iraniano é morto por forças de segurança após eliminação da seleção

A participação da seleção do Irã na Copa do Mundo 2022 foi marcada por diversos protestos. Na madrugada da última quarta-feira (30), um iraniano foi assassinado pelas forças de segurança local, após a eliminação da equipe no mundial.

O Irã vive um dos momentos mais tensos de sua história, com diversos confrontos entre manifestantes e forças de segurança. Os iranianos estão indo para as ruas pelo direito das mulheres, além de pedirem a queda do governo atual do país.

Iraniano é morto por forças de segurança

seleção do Irã contou com um bom desempenho na Copa do Mundo 2022. Mesmo sofrendo uma goleada histórica para a Inglaterra por 6 x 2 na estreia, se recuperou ao venceu o País de Gales por 2 x 0 e chegou para a última rodada, com chances de se classificar para as oitavas de final. Contudo, a derrota para os Estados Unidos por 1 x 0, confirmaram a eliminação da equipe.

Certamente, a seleção é um orgulho nacional. Dessa forma, com a eliminação e como forma de protestos, muitos iranianos foram para as ruas comemorar a queda da equipe, sendo um novo capítulo envolvendo os manifestantes e o governo.

Assim, Mehran Samak, de 27 anos, estava em seu carro na cidade de Bandar Ansali, no Mar Cáspio, para celebrar a eliminação do Irã na Copa do Mundo 2022. Contudo, segundo informações do Iran Human Rights, forças de seguranças do país atiraram no iraniano, que faleceu ao ser baleado na cabeça.

O funeral de Samak foi realizado na última quarta-feira (30) e contou com novas manifestações. No local, diversos manifestantes gritaram “Morte ao ditador”, um slogan dos protestos e que é voltado para Ali Khamenei, líder supremo do Irã.

Nas redes sociais, o meio-campista iraniano Saeid Ezatolahi, publicou uma imagem ao lado de Samak, quando os dois atuaram juntos por uma equipe de futebol juvenil. “Após a amarga perda da noite passada, a notícia de sua morte acendeu meu coração”, escreveu o jogador.

Manifestações iranianas na Copa do Mundo

A tensão esteve presente na Seleção Iraniana durante a Copa do Mundo. Afinal, alguns jogadores demonstraram apoio aos manifestantes, como Sardar Azmoun, que correu o risco de perder a vaga na equipe por ordens do governo.

Na estreia, os jogadores não cantaram o hino do Irã em forma de protesto, mas recuaram nas duas últimas partidas, mesmo que de forma tímida. Segundo a CNN, o governo iraniano ameaçou prender e torturar os familiares do atletas, caso o ato do primeiro jogo se repetisse.

Nas arquibancadas, diversas iranianas também utilizaram as partidas para as manifestações, com camisetas pedindo liberdade para as mulheres e o nome de Mahsa Amini. Bem como nos arredores dos estádios, os iranianos também protestaram contra o governo.

Gabriel Lemes Gabriel Lemes

Sou jornalista e sonho em trabalhar com jornalismo esportivo. Desde pequeno, convivo com futebol e com o passar dos anos, fui me apaixonado por outras modalidades. Hoje, não me vejo trabalhando em outro área que não seja com esporte. A emoção que um simples jogo causa no torcedor e nos fãs, é algo inexplicável e encantador, o que só aumenta  a minha admiração.

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