Mais uma denúncia de racismo sofrida por um jogador de futebol brasileiro. Apesar das campanhas contra a intolerância racial feita pelas confederações parece que o efeito não tem sido o esperado.
Os atos já foram vistos não somente no Brasil, mas também no em jogos fora, pela Conmebol Libertadores principalmente. No último domingo (7), durante a partida entre Athletico-PR x Flamengo, torcedores do Furacão fizeram gestos, imitando macacos para a torcida rubro-negra.
Internacionalmente, os casos de racismo também são rotineiros, desde bananas jogadas em campo, até xingamentos e ameaças, como as feitas a Vinícius Júnior, do Real Madrid.
Neste domingo (8), durante a partida entre CSA e Ypiranga-RS, pela Série C, do Campeonato Brasileiro, Tomas Bastos, jogador do clube de Alagoas, denunciou um caso de injúria racial. De acordo com o atleta, ele foi chamado de macaco. “Vai logo, macaco”, teria dito uma torcedora.
Logo que escutou a injúria, no momento que se posicionava para a cobrança de um escanteio, Tomas reportou a situação ao árbitro da partida, Augusto Silveira Tisne.
O jogo ficou paralisado por dois minutos, até que a torcedora fosse identificada pelo jogador, e retirada da arquibancada pela polícia local. Assim que encontrada ela e o homem que a acompanhava foram retirados, e o jogo foi retomado.
Logo após a partida, Tomas Bastos registrou boletim de ocorrência. O CSA usou suas redes sociais para se manifestar contra o crime sofrido pelo seu atleta, além de reiterar que racismo é crime.
O árbitro Augusto Silveira Tisne, relatou o caso na súmula. Confira o que ele disse:
“Aos 37 minutos do primeiro tempo, fui informado pelo atleta de nº 08, o sr. Tomas Almino Bastos da Silva, da equipe do CSA, que ele havia sido chamado de macaco por uma torcedora do Ypiranga, localizada na arquibancada próxima à torcida organizada. De acordo com o atleta, a torcedora proferiu a seguinte frase: “Vai logo, macaco”, quando este estava buscando a bola perto da arquibancada para cobrar o escanteio.
O jogo ficou paralisado por 02 minutos para identificação da torcedora pela brigada militar e pelo atleta do CSA. Foi realizado boletim de ocorrência policial, sob número 4935 / 2023 / 151306. Relato que nenhum integrante da equipe de arbitragem ouviu o o insulto e que o jogo foi paralisado, em função da reclamação do atleta. Nada mais a relatar” diz a súmula.