Os jogadores Nikolas, do Novo Hamburgo, e Jarro Pedroso, ex-São Luiz e hoje no Inter-SM, admitiram ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) que cometerem pênaltis em jogos do Campeonato Gaúcho de 2023 para beneficiar apostadores. Em troca, eles receberam a promessa de pagamentos de R$ 80 mil e R$ 70 mil, respectivamente.
Dessa forma, Jarro, em entrevista, explicou detalhes sobre a operação criminosa, admitindo ter sido ameaçado de morte.
Manipulação no Campeonato Gaúcho
Acusado de envolver-se de um esquema de manipulação de resultados no futebol brasileiro e citado na Operação Penalidade Máxima, o atacante Jarro Pedroso explicou que cometeu um pênalti na partida entre Caxias x São Luiz, pelo Campeonato Gaúcho 2023, conforme combinado com apostadores, por ter sido ameaçado de morte.
Em áudio enviado à reportagem de GZH, Jarro afirmou que, logo após a marcação do pênalti, fingiu uma lesão e pediu para ser substituído da partida no Estádio Centenário. O jogador também enfatizou que devolveu o dinheiro recebido e registrou um boletim de ocorrência após conversar com um policial civil.
“Eu realmente fiz o pênalti porque fui ameaçado, não foi por dinheiro. No dia do jogo, os caras me ligaram por vídeo e falaram que só faltava eu. Que eu tinha que fazer ou ia dar ruim. Do mesmo jeito que chegaram em mim, poderiam chegar na minha família também. Eu me senti acuado, não tinha o que fazer. Então, eu fui lá e fiz o pênalti. Tinha ainda que tomar um cartão, mas eu não tomei”, disse Jarro.
“Está tudo no meu celular. Falei com um policial civil naquele dia, fiz o BO e comecei a devolver o dinheiro. Os caras ainda me chamaram de noite. Falei que não queria aquele dinheiro sujo. Tentei ir no banco e devolver tudo de uma vez, mas como era feriado de Carnaval, só tinha o caixa eletrônico aberto. Então fui devolvendo aos pouquinhos para a conta dos caras naqueles quatro dias de feriado” , completou Jarro.
Em suma, Jarro afirmou ter devolvido o dinheiro recebido dos apostadores, salientado o fato de ter sido ameaçado e por conta disto que aceitou a oferta.
“Depois que começou isso aí, eu não tenho mais paz, com medo de tudo isso. Eu devolvi todo o dinheiro, não fiquei com nada. Eu só fiz o pênalti porque fui ameaçado. O Ministério Público viu tudo certinho, viu que eu devolvi o dinheiro e mandei o comprovante. Sou uma pessoa do bem, um cara família”, comentou o atacante.
Suspeito de manipulação no Gauchão, Jarro explica pênalti: "Eu só fiz porque fui ameaçado"https://t.co/bVf6gQpR3Z
— Pedro Petrucci (@pedropetrucci_) May 19, 2023
No âmbito esportivo, ele poderá ser suspenso por até dois anos do futebol e multado em até R$ 100 mil. Indiciado por “atuar, deliberadamente, prejudicialmente à equipe que defende”. Jarra será julgado no TJD-RS na próxima segunda-feira (22), às 16h (horário de Brasília).
“Depois que começou isso aí, eu não tenho mais paz, com medo de tudo isso. Eu devolvi todo o dinheiro, não fiquei com nada. Eu só fiz o pênalti porque fui ameaçado. O Ministério Público viu tudo certinho, viu que eu devolvi o dinheiro e mandei o comprovante. Sou uma pessoa do bem, um cara família”, comentou o atacante.
Suspeito de manipulação no Gauchão, Jarro explica pênalti: "Eu só fiz porque fui ameaçado"https://t.co/bVf6gQpR3Z
— Pedro Petrucci (@pedropetrucci_) May 19, 2023
No âmbito esportivo, ele poderá ser suspenso por até dois anos do futebol e multado em até R$ 100 mil. Indiciado por “atuar, deliberadamente, prejudicialmente à equipe que defende”. Jarra será julgado no TJD-RS na próxima segunda-feira (22), às 16h (horário de Brasília).