Em fase final no processo de instalação do gramado sintético, no Allianz Parque, após a retirada da grama natural e da aplicação das camadas prévias para o novo piso, a obra avançou com a colocação dos primeiros blocos do tapete neste final de semana. A expectativa é que o processo termine na segunda metade de fevereiro, com a estreia do Palmeiras ainda em seu estádio pelo Campeonato Paulista. As duas possíveis datas de inauguração são dia 16 – contra Mirassol ou diante do Guarani – no dia 20 do próximo mês.
A obra de preparação para o gramado sintético teve início no estádio no dia 12 de janeiro. As primeiras etapas foram de preparação das camadas inferiores, voltadas para ajudar no processo de drenagem e também de amortecimento. Como o material mais utilizado nesta etapa foi brita, o local do campo de jogo ficou com um cenário cinza. Só agora, no fim de semana, o verde voltou a ser predominante no espaço, já que a primeira parte do tapete foi instalada.
Os funcionários da empresa responsável pela instalação, a “Soccer Grass”, e do próprio Allianz Parque colocaram a primeira faixa do gramado sintético próximo ao setor Gol Norte. Cada bloco do novo “gramado” possui 78 metros de comprimento e 4 metros de largura. O material foi importado da Holanda e veio ao Brasil de navio. Após a aplicação, cada metro quadrado do piso receberá cerca de 15 kg de um preenchimento chamado de TPE (elastômero termoplástico), fabricado na Itália.
Essas partículas cilíndricas de até 5 milímetros de comprimento garantem amortecimento, conforto térmico e ajudam na resistência do piso. O Palmeiras terá a mesma tecnologia na Academia de Futebol para poder se preparar para os jogos dentro de casa. O custo aproximado da operação de troca nos dois locais é de R$ 10 milhões, dos quais 70% serão bancados pelo Allianz Parque e os outros 30% pelo clube.
A escolha pela grama sintética é uma forma do Allianz Parque conciliar melhor o calendário de jogos com o cronograma de shows. Desde que a arena foi inaugurada, em novembro de 2014, em 28 ocasiões o Palmeiras teve de recorrer a algum outro estádio para poder jogar seja por problemas de conflito de datas ou por operações para troca do gramado, como a atual. Neste início do ano a equipe enfrentou o São Paulo em Araraquara e vai receber na próxima quarta o Oeste, no estádio Pacaembu.
A tecnologia da grama sintética palmeirense foi inspirada nos campos do CT da seleção holandesa. Antes do piso ser inaugurado, vai precisar passar pela inspeção técnica de um laboratório credenciado pela FIFA. A análise final vai avaliar critérios como velocidade da bola, rotação da chuteira e qualidade do piso, com o intuito de comprovar que o local tem características similares a de um campo de grama natural.