Até mesmo antes de iniciar a Copa do Mundo no Catar, que o torneio tem se envolvido em polêmicas e suspeitas de ilegalidades. Nesse sentido, nesta terça-feira (13), o Parlamento Europeu exonerou Eva Kaili de seu cargo sênior.
Segundo a polícia belga, a vice-presidente do parlamento estava entre os quatro políticos acusados e detidos de aceitar propina do Catar, país anfitrião do Mundial de 2022, para influenciar nas tomadas de decisões no debate político em Bruxelas.
“Quatro indivíduos foram presos pelo juiz de instrução de Bruxelas que está conduzindo a investigação”, disse a promotoria federal em um comunicado.
Segundo o portal France 24, ‘a polícia belga deteve Kaili na posse de “sacos de dinheiro”‘ o que faz ela perder a ‘imunidade contra processos criminais'.
Contudo, o advogado de Kaili, Michalis Dimitrakopoulos, disse que “A posição dela é que ela é inocente, posso te dizer isso. Ela não tem nada a ver com o financiamento do Catar, nada, explícita e inequivocamente”.
Ainda, pouco antes de iniciar a Copa do Mundo, Kaili visitou o Catar e o Ministro do Trabalho, Ali bin Samikh al Marri, onde elogiou o país do Golfo como “pioneira em direitos trabalhistas“, um sentimento que ela também repetiu no plenário do parlamento.
União Europeia enfraquecida?
Isso só é a ponta do iceberg, onde ainda existe suspeitas de outras pessoas com posições dentro do Parlamento da União Europeia também estejam envolvidas nessas criminalidades.
“Suspeita-se que terceiros em posições políticas e/ou estratégicas dentro do Parlamento Europeu receberam grandes somas de dinheiro ou ofereceram presentes substanciais para influenciar as decisões do parlamento”, disse o comunicado do procurador, sem apontar o dedo ao Catar.
Essas irregularidades afetam drasticamente a posição e imagem da União Europeia no mundo inteiro, fazendo com que aparenta estar enfraquecida ou até mesmo rachada.
Podemos confirmar que o presidente do PE, Metsola, voltou de Malta para Bruxelas no sábado à noite para estar presente na busca domiciliar de um membro do Parlamento Europeu. O Parlamento Europeu e o presidente Metsola se posicionam firmemente contra a corrupção, cooperando ativa e plenamente com as autoridades policiais e judiciais para auxiliar no curso da justiça – disse o porta-voz.
Dessa forma, o Ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, compartilhou em suas redes sociais que “a partir de agora, o Parlamento Europeu não poderá falar sobre corrupção de maneira crível”
