Sem dúvidas, a passagem do brasileiro Philippe Coutinho pelo Barcelona é um fracasso, no contexto geral. Mais do que os números de gols ou assistências, o brasileiro não conseguiu chegar nem perto das expectativas da torcida e da imprensa e passou de protagonista para moeda de troca.
Entretanto, a peça-chave de toda a passagem do brasileiro pelo clube catalão foi o preço que custou aos cofres do clube espanhol. Contratado no início de 2018 por cerca de 160 milhões de euros ( aproximadamente 704 milhões de reais), o brasileiro foi considerado pela diretoria blaugrana como o principal substituto de PSG.
Os altos valores envolvidos na negociação de Neymar para o PSG inflacionou absolutamente o mercado, e fez com que a pedida do Liverpool subisse consideravelmente. Obviamente, toda a pressão do seu custo caiu sob os ombros do jogador, que talvez por isso, sempre foi cobrado por mais do que pudesse oferecer.
Sendo assim, a ida de Coutinho ao Barcelona foi um atraso em sua carreira. Mesmo tendo a possibilidade de vestir a camisa de um dos maiores clubes do futebol mundial, Coutinho foi o principal prejudicado pelo “efeito Neymar”, e se o PSG não conseguisse contratar Neymar, Coutinho certamente não seria tão pressionado. Mais do que o seu talento e sua qualidade já demonstrados em campo, o valor absurdo envolvido nesta negociação foi o principal ponto que colocasse o brasileiro no foco de todos os holofotes no clube catalão.
Definitivamente, o “efeito Neymar” sobrecarregou os cofres de quase todos os grandes clubes do futebol mundial, que foram atingidos pela super-inflação do mercado de transferências. E, dentre os jogadores, Coutinho foi o principal atingido por tudo isso.