A FIFA não cansa de envolver em polêmicas e dessa vez o presidente Gianni Infantino fez uma declaração questionável ao citar a Coreia do Norte como possível chance de receber uma Copa do Mundo.
O país é conhecido por tem um regime político rigoroso e secreto, liderado por Kim Jong-un há 11 anos. Algumas das exigências do presidente é que os coreanos não têm acesso à internet e não podem se manifestar sobre outras religiões a não ser a que o país segue. Ainda mais, não podem falar com estrangeiros, ouvir músicas que não sejam de origens norte-coreanas ou filmar e tirar fotos de certos lugares do país.
Com isso, Gianni explicou que a FIFA visa unir as pessoas e não tem interesses políticos.
“A Fifa é uma organização global de futebol. Somos pessoas do futebol, não políticos, e queremos unir as pessoas. Qualquer país pode sediar um evento. Se a Coreia do Norte quiser hospedar algo”, afirmou Infantino.
Nesse sentido, essas restrições de tolerância da Coreia do Norte, aparentemente fica mais difícil do que o Catar, país anfitrião da Copa do Mundo de 2022, para receber estrangeiros, visto que os norte-coreanos mantêm uma relação mínima com quem é de fora do país.
Coreia do Norte em Copas do Mundo
A participação do país asiático em Copas do Mundo é pequena, em apenas duas ocasiões que o Mundial recebe a Coreia do Norte. A primeira, em 1966, conseguiu chegar até as quartas de final, onde foi eliminada por Portugal com um placar de 5 x 3.
E em 2010, na África do Sul, foi eliminada logo na primeira fase, onde perdeu para o Brasil, Costa do Marfim e Portugal na famosa goleada de 7 x 0. Por fim, nas classificatória para a Copa do Mundo de 2022, a seleção norte-coreana se retirou da competição para manter a segurança dos jogadores devido ao COVID-19.
Além da Coreia do Norte, Gianni defende o Catar
Desde a escolha do Catar para ser o país anfitrião do Mundial de 2022, que o torneio é rodeado por polêmicas. O primeiro país muçulmano a sediar uma Copa do Mundo, sofre com manifestações e protestos por parte das seleções e dos torcedores. Nesse sentido, Gianni rebateu as críticas ao dizer que “somente o engajamento pode trazer mudanças reais”.
Políticas e culturas do Catar
O Catar tem algumas políticas que vão contra os direitos humanos, como os relacionamentos homoafetivos, onde a pessoa é condena a cumprir pena por até sete anos.
Do mesmo modo, segundo a Anistia Internacional, os direitos das mulheres são restritos no país, subordinadas a um sistema de tutela masculina, onde precisam obedecer ao pai, marido e até mesmo ao irmão.
Ainda, as condições de trabalhos para os migrantes são limitadas. O uso da mão de obra se estendeu principalmente com as construções dos estádios para a Copa do Mundo. As condições postas aos operários foi comparada até com a escravidão moderna, ainda mais que foram relatadas mortes entre os trabalhadores imigrantes.