De acordo com matéria escrita por Gabriela Moreira (no “GE”), Renê Júnior, volante corintiano após passar por três procedimentos cirúrgicos e não ter o pagamento de salário; nesta semana entrou com pedido indenizatório milionário na Justiça contra o Corinthians.
O volante contratado pelo “Timão” em 2018 entrou em campo apenas 13 vezes, onde na ação protocolada na 72ª Vara do Trabalho de São Paulo, esse ainda afirma que o clube paulista não depositou parte dos salários e 29 cotas do FGTS. Isso sem falar na acusação de “assédio moral”.
A ação judicial de Renê Júnior foi protocolada nesta quinta-feira passada, na 72ª Vara do Trabalho de São Paulo, onde ele pede o pagamento de R$ 8,3 milhões. Como base da argumentação no processo, o atleta em questão cita as três cirurgias nos joelho esquerdo e direito, no período em que esteve defendendo o clube alvinegro.
Nesta ação, seus advogados – Filipe Rino e Thiago Rino comentam que mesmo ele tendo se recuperado rapidamente da primeira cirurgia e ter voltado as atividades com apenas dois meses, voltou a se lesionar; agora no outro joelho, um mês após retornar a trabalho, tendo que passar por nova operação.
Depois dessa última, cinco meses depois voltou ao centro cirúrgico, para correções, visto que o jogador reclamava de constantes dores no joelho. Desta forma, Renê ficou longe dos gramados por 466 dias.
Embora tenha retornado e conquistado em tese seu lugar no time corintiano, em 2020 acabou sendo emprestado ao Coritiba com a promessa de que seu salário e demais encargos seriam pagos pelo clube paulista, mas, de acordo com a ação, isso acabou não ocorrendo exatamente desta forma.
Com a paralisação do futebol por conta do Coronavírus, o volante na metade do ano retornou ao “Timão”, onde então, narra à ação, foi colocado para treinar em separado dos demais jogadores do elenco principal, onde o fato de ser excluído dos treinamentos e demais atividades da equipe foi considerado por sua defesa como “assédio moral”.
Seguro contra acidente
Para os advogados de Renê Júnior, esses problemas todos poderiam ter sido amenizados se o Corinthians tivesse realizado um seguro contra acidentes de trabalho em nome do atleta, como recomenda a “Lei Pelé”. Se o clube tivesse seguido a lei, o jogador poderia ter sido indenizado pelo mesmo tempo em que não pode estar em campo, além de ser recompensado pelos danos à sua carreira.
Para a defesa do volante, o valor mínimo a receber pelo seguro deveria ser de R$ 3 milhões, somado a esse os valores das cotas do FGTS, mais os salários atrasados e 13º, chegou-se a soma total de R$ 8,3 milhões.