Ele foi revelado por um gigante da Série B e hoje é ídolo no Chipre

Nas fileiras do futebol, um nome que brilha como uma estrela é o de Lukas Brambilla, jogador que é natural de Caxias do Sul. Atualmente, ele encontra seu campo de batalha no Othellos Athienou, um time que está na primeira divisão do Chipre, buscando manter-se nesse patamar após uma espetacular campanha na temporada anterior. Com 28 anos de idade, Lukas já trilhou um percurso notável, com passagens pelo Juventude, um time que agora é a sensação na Série B do Brasil, além de uma estadia no Náutico e a honra de vestir a camisa de diversos renomados clubes pelo mundo.

“Antes do Juventude eu comecei a jogar futsal, dos cinco anos até os meus 12 anos, ai que eu entrei na base do Juventude, ficando até os 19 anos e indo para o Náutico. Ai depois disto eu tive a oportunidade de ir para fora, atuar na Crimeia e depois tive passagens por Grécia, Finlândia, Chipre, Catar e Bulgária. Cada pais teve a sua experiência e agora eu sinto que estou mais maduro, experiente e isto tem me ajudado bastante”,  comentou Lukas.

Jogador revelado por clube da Série B iniciou sua trajetória na Europa na Crimeia

Em outro capítulo de sua jornada, Lukas encontrou-se na Crimeia, defendendo as cores do Krymteplitsa, um clube que compete no campeonato nacional da região. Em uma entrevista exclusiva ao Minha Torcida, ele compartilhou as nuances de sua experiência e expressou surpresa diante da sólida infraestrutura oferecida pela equipe. 

“Foi a primeira vez que eu recebi a proposta para atuar fora do país. Eu sempre tive este sonho e quando tive esta oportunidade, claro que fiquei receoso e nervoso, porque é uma coisa completamente diferente do que tu está acostumado. Foi mais por conta do sonho, de querer enfrentar o mundo.

“É um futebol mais físico. A Crimeia antes pertencia a Ucrânia, ai veio a guerra e a Rússia tomou. Quando cheguei lá foi um campeonato formado por equipes ucranianas e russas, fizeram uma junção. É um futebol de força, mas me surpreendeu bastante, principalmente em relação a estrutura e a organização no campeonato. Foi um momento muito importante na minha carreira, eu diria. Fui muito bem e me abriram portas para os clubes seguintes”, comentou Lukas.

Após sua passagem na Crimeia, ele prosseguiu para a Finlândia, onde vestiu a camisa do AC Kajaani, uma equipe que, lamentavelmente, foi licenciada de competições oficiais. Lukas comentou sobre esta passagem, afirmando que não teve dificuldades, já que vem de uma região do país bastante fria.

“Eu sou do Sul, que já é um pouco frio. Foi uma baita experiência, um país diferente. Sempre foi aberto a conhecer novas culturas e me adaptar aos países. Teve uma dificuldade, mas a gente leva como aprendizado e experiência. Foi uma experiência bem legal na Finlândia. Na Finlândia eu me comunicava em inglês com eles. Na Crimea, por exemplo, era mais difícil porque eles falavam só russo, mas na Finlândia eles falavam inglês, então eu conseguia me virar. Eu ficava muito mais tempo em casa, ainda mais por ser muito frio”, falou.

Ele foi revelado por um gigante da Série B e hoje é ídolo no Chipre

Lukas no AC Kajaani

Lukas é anunciado por um time da Grécia e  vida no Catar

Em um novo capítulo de sua odisseia futebolística, Lukas Brambilla desembarcou na Grécia, firmando-se como reforço do Apollon Larissa, atualmente na segunda divisão do país. Durante seu tempo na Grécia, ele deixou sua marca também em clubes como o PAE e o Karditsas, além de ter defendido o Doxa Katokopias, uma das mais tradicionais do Chipre. Mas foi em 2022, durante a efervescência da Copa do Mundo, que uma experiência singular cativou sua atenção.

Brambilla com a camisa do Doxa
Brambilla com a camisa do Doxa

Ele foi contratado pelo Al-Mesaimeer, um clube do Catar, e em uma conversa exclusiva, Lukas compartilhou as nuances da adaptação ao país árabe, revelando a vida peculiar que floresce por lá e desvendando os mistérios do esporte praticado na região. Durante esse relato, também exploramos as complexidades da adaptação de brasileiros ao mundo árabe e as valiosas dicas que Lukas oferece para enfrentar esses desafios culturais.

“Foi uma experiência muito legal, ainda mais em um momento que estava rolando uma Copa do Mundo. Cada país tem a sua cultura e a sua particularidade. No Catar foi completamente diferente de tudo que vivi na vida, mas gostei muito de lá. Eu e minha esposa nos adaptamos. A gente escuta muitas coisas que não são legais sobre o Catar, mas a nossa visão em relação a isto foi super positiva. É um calor muito forte lá. Treinávamos nove horas da noite. Em um dia, fui olhar a temperatura e quando fui ver, a sensação térmica era de 53 graus”, disse Lukas, que passou pelas categorias do Juventude.

Lukas também comentou que esteve no Catar durante uma Copa do Mundo e afirmou que chegou a olhar alguns jogos da competição nos estádios do país. Além disto, comentou sobre a chegada dos novos craques a região, aumentando a competitividade dos torneios. 

“Durante a Copa eu fui na estreia do Brasil e depois consegui ir em França e Polônia. Foi uma sensação muito legal ver de perto os craques da Seleção Brasileira. A gente fez uma reunião antes dos jogos, ai tivemos contato com a torcida. Foi uma festa muito bonita e os árabes ficaram sem entender nada. A ida do Neymar, Cristiano Ronaldo e outros grandes jogadores influência e muito a chegada de novos jogadores. É só ver o Cristiano Ronaldo, ele foi o primeiro a dar o start e depois vários jogadores de nomes foram para a Arábia. Quando eu estava na Arábia estes jogadores não estavam lá”, comentou Lukas.

Além disto, na entrevista exclusiva, o brasileiro falou sobre a dica que ele dá para os brasileiros que estão sendo contratados e revelou um segredo impressionante sobre a adaptação no país ser mais tranquila.

“A adaptação no Oriente Médio vai muito de ter a mente aberta de tu querer se inserir naquele meio totalmente diferente. De estar aberto a conhecer novas culturas, de estar aberto a ver novas coisas. Quanto mais tu tiver isto, tu vai te adaptar mais rápido. Se achar que vai ser como no Brasil, vai se sentir perdido”, afirmou.

A volta para o Chipre

Em seu próximo capítulo, Lukas aceitou o chamado do Botev Vratsa, da Bulgária, onde passou uma temporada antes de seguir rumo ao Othellos Athienou, no Chipre, onde ele se sente em casa e tem se tornado uma figura fundamental no time. Sua jornada é uma narrativa que transcende fronteiras e ilustra a verdadeira paixão que une os fãs do futebol em todo o mundo.

“Eu cheguei fazem mais dois meses. É um time que subiu da primeira para a segunda divisão e por enquanto tudo está correndo bem. Aqui eles são muito fanáticos. Os times grandes aqui tem uma torcida muito fanática, comparado ao Brasil. Todo mundo acha que os gregos e cipriotas são todos fanáticos, mas são equipes em especifico que tem torcidas muito apaixonadas. Dos países que eu joguei, posso dizer que a aqui  é o torcedor mais parecido com o do Brasil”, comentou Lukas.

Jogador no seu atual clube
Jogador no seu atual clube
Otávio Silva Otávio Silva

Estudante de jornalismo com experiência em assessorias de imprensa e em portais de noticias. Apaixonado por escrever sobre esportes, mas com uma paixão ainda maior pelo futebol. Gaúcho de Porto Alegre e admirador do futebol raiz.

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