Seleção Brasileira vai à Copa sem psicólogo, mas valoriza saúde mental

Estamos há cinco dias do início da Copa do Mundo e há nove da estreia da Seleção Brasileira, com a equipe de Tite já reunida e a maioria dos atletas já presentes. A Seleção fez a primeira parte de sua preparação em Turim, na Itália e agora viaja para o Catar.

Além de elenco, a comissão técnica e toda a equipe está definida. Dessa forma, Tite repete 2018 e não levará um profissional da psicologia para a Copa do Mundo. O treinador acredita que os atletas não têm tempo hábil para que um psicólogo possa fazer seu trabalho corretamente.

Na visão de Tite, para um trabalho psicológico efetivo, seria necessário que o profissional pudesse criar laços de confiança com os jogadores. Com o pequeno tempo de preparação para o mundial (nove dias), mais a maratona de jogos, o treinador decidiu não levar um especialista em psicologia para estar à disposição no Catar.

Isso não quer dizer que os jogadores não estarão preparados psicologicamente para a Copa do Mundo. Inclusive, em suas preleções, Tite deixa claro a importância de um preparo mental para competir em alto nível. Nesse sentido, o técnico dá atenção à parte emocional no dia a dia da seleção durante o convívio com os atletas.

Seleção Brasileira e a saúde mental

A questão mental se tornou ainda mais presente no esporte nos últimos anos, com casos como o de Simone Biles nas Olimpíadas de Tóquio do ano passado. Por isso, o assunto é muito discutido em vários locais, inclusive na Seleção Brasileira de futebol.

Dessa forma, a relação dos atletas profissionais com a saúde mental está mudando. Os jogadores da nossa Seleção são exemplos disso, muitos procuram terapia por conta própria atualmente. Além disso, os atletas adotaram algumas atitudes que visam preservar a saúde da mente e, por consequência, do corpo desses jogadores.

O cuidado com a mente não fica só por conta dos atletas da Seleção Brasileira. A comissão técnica também recebeu acompanhamento psicológico durante esse ciclo da Copa do Mundo. Uma psicóloga participou de algumas reuniões na CBF e tratou de diversos temas com Tite e seus auxiliares.

A decisão de Tite de deixar a Seleção Brasileira após a Copa do Mundo teve influência dessas reuniões. Até para tratar com os integrantes que continuarão na CBF e terão que lidar com a saída do treinador após tantos anos trabalhando junto.

Está definido que a Seleção Brasileira não contará com o apoio de um profissional da psicologia, por decisão de Tite e sua comissão. Todos acreditam ter uma preparação para lidar também com a questão psicológica dos atletas pelos conhecimentos que possuem.

A decisão causa divergências entre os profissionais da área e a equipe do treinador, pois os especialistas acreditam ser equivocada a decisão. Até em relação à “intimidade” citada por Tite, é um ponto que os profissionais acreditam não ser decisivo para poder ter uma influência efetiva nos atletas.

Por fim, a Seleção Brasileira já se encontra no Catar e se prepara para a estreia contra a Sérvia no dia 24 de novembro. Esperamos que Tite, sua comissão e os jogadores estejam preparados mentalmente para trazer o hexa para o Brasil.

Henrique Duarte Henrique Duarte

Olá, meu nome é Henrique Duarte. Sou estudante de jornalismo e apaixonado por futebol. Essa paixão foi o que me trouxe até aqui para traduzir em palavras como pode ser mágico esse esporte.

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