Nesta quinta-feira (8), foi confirmada a volta de Raheem Sterling para a seleção da Inglaterra após se ausentar na partida contra o Arsenal, nas oitavas de final da Copa do Mundo.
Sterling deixa a seleção por motivos familiares
Antes do início da partida entre Inglaterra e Senegal, a Federação Inglesa confirmou que “Raheem Sterling não estava disponível para a seleção (inglesa) para o jogo que aconteceu esta noite, pois está lidando com um assunto familiar”.
Segundo o jornalista inglês Matt Lawton, confirmou que a ausência do atacante do Chelsea na seleção inglesa é devido a uma invasão na casa de Sterling com sua esposa e filhos presentes.
Sendo assim, após a polícia prender dois suspeitos nessa terça-feira (6), o atacante voltará para o Catar, para ajudar a equipe inglesa no clássico diante da Seleção da França no próximo sábado (10), a fim de classificar para a semifinal da Copa do Mundo.
Raheem Sterling will return to England’s @FIFAWorldCup base in Qatar.
The #ThreeLions forward temporarily left to attend to a family matter but is now expected to rejoin the squad in Al Wakrah tomorrow ahead of the quarter-final with France. pic.twitter.com/3bxzAVP3cQ
— England (@England) December 8, 2022
Sterling já recusou um dos grandes times da Inglaterra
Nascido na Jamaica, Sterling teve uma vida complicada e com difíceis decisões para serem tomadas ainda novo. Com apenas dois anos seu pai foi assassinado e após isso, ainda viu sua mãe migrar sozinha para a Inglaterra em busca de uma vida melhor para ele e sua irmã.
Nesse meio tempo, as duas crianças foram criados pela avó materna e quando Raheem tinha cinco anos, sua mãe voltou levarem os filhos para as terras inglesas.
Eu me lembro de ver as outras crianças com as suas mães e de sentir inveja disso. Eu não entendia bem o que minha mãe estava fazendo por nós. Eu sabia apenas que ela tinha ido embora (…) Eu não percebi na época, mas o que a minha mãe estava fazendo era pavimentar nosso caminho, tentando uma vida melhor pra gente – contou Sterling ao “Player's Tribune”, o site que reúne relatos autobiográficos de atletas do mundo inteiro.
No país onde se originou o futebol, o garoto “só queria saber de jogar futebol (…), fingindo ser Ronaldinho,” não demonstrando muito interesse pelos estudos.
Quando eu tinha 10, 11 anos, estava sendo observado por olheiros de todos os clubes de Londres. O Fulham queria me levar. E então veio o Arsenal. E quando o Arsenal quer você, é lógico que você pensa: tenho que ir. É o maior clube de Londres, sabe? (…) Mas minha mãe era uma guerreira. Ela é provavelmente a pessoa com mais “conhecimento de vida” que eu conheço. E me disse: “Filho, eu te amo. Mas eu não acho que você deveria ir para o Arsenal. Lá, você estará entre uns 50 garotos tão bons quanto você. Você será apenas um número. Você precisa ir para um lugar onde estará sempre no topo.