Robinho é condenado a nove anos de prisão pela justiça italiana, por estupro de uma mulher no ano de 2013. O caso do ex-jogador chegou à última instância e ele foi julgado culpado, mas nunca cumpriu a pena, isso porque, quando condenado, ele já estava no Brasil e não poderia ser extraditado para a Itália, conforme prevê a constituição brasileira.
Desde que foi condenado, Robinho evita deixar o país, pois como é um condenado da justiça, poderá ser preso em trânsito pela Interpol, por exemplo, em qualquer outro país que estiver, que não seja o seu. O ex-Santos chegou até a receber propostas do exterior recentemente, como da China, por onde já passou, mas não aceitou exatamente pelo medo de sair do Brasil e acabar tendo que cumprir sua pena.
Entretanto, o caso tomou novos rumos após o pedido da justiça italiana para que Robinho cumpra os nove anos de pena aqui no Brasil. No dia 31 de janeiro a Itália entrou em contato com a STJ por meio de canais diplomáticos, com um pedido para a justiça brasileira determinar que o ex-jogador seja preso no país, já que não pode ser extraditado, no documento é citado até mesmo que já houve um pedido de extradição negado.
STJ dá primeiros passos para prisão de Robinho no Brasil
Após o contato entre os dois países, a justiça brasileira poderá tomar três caminhos: ignorar o pedido da justiça da Itália, fazer um novo julgamento sobre o caso ou executar o pedido de prisão feito pelos italianos. O Ministro da Justiça já havia informado que há a possibilidade de que Robinho seja preso em breve.
Nessa sexta-feira (24), o caso ganhou uma nova etapa, o STJ homologou o pedido de prisão de Robinho, que já está nas mãos da ministra Maria Thereza de Assis Moura. Isso significa que cabe à ministra agora analisar o que apresentou a justiça da Itália para a pena ser executada no Brasil. Um agravante é que Maria Thereza é um expoente na defesa dos direitos das mulheres, o que sinaliza que o destino deve ser a prisão do ex-atleta.
Esse é apenas o primeiro passo, a citação de Robinho na homologação do processo. Porém, a presidente do STJ já destacou que o pedido atende aos requisitos legais nos termos do Regimento Interno do tribunal. Agora, basta aguardar qual será a decisão da justiça, mas se encaminha para que o ex-jogador termine atrás das grades aqui no Brasil.
