O Grêmio se tornou um dos clubes mais organizados e vitoriosos dos últimos anos, virando modelo de administração para os outros clubes do país. Além de se reorganizar financeiramente, o clube gaúcho chegou ao máximo sucesso também dentro de campo, com nada menos do que 5 taças levantadas em 4 anos, e a certeza de que não necessariamente se precisa fazer grandes investimentos para montar uma equipe vitoriosa.
Entretanto, desde que se tornou um dos clubes mais poderosos tecnicamente do futebol brasileiro, o Grêmio entrou em ciclos de contratações mais caras, mas ao contrário de quando contratou jogadores mais acessíveis financeiramente, acabou não tendo o mesmo sucesso dentro de campo, e acumulou algumas decepções.
Vale lembrar que, em 2017, o Grêmio gastou, através de contratações, aproximadamente R$5,86 milhões. Se for contabilizado o pagamento de salários para os atletas que foram contratados a custo zero, como Barrios, Cícero e Bruno Cortez principalmente, os valores se aproximam de R$12 milhões de investimento. Dentro de campo, o resultado foi nada menos do que o título da Copa Libertadores da América, além do vice-campeonato mundial.
Em 2018, o investimento foi bem mais significativo. Para montar uma equipe que brigasse pelos maiores títulos da temporada, o Grêmio foi ao mercado, e contratou dois jogadores de custo mais elevado: Marinho, hoje no Santos, custou aproximadamente R$10 milhões aos cofres gremistas, além de André, que foi contratado primeiramente por empréstimo, mas gerou custo de também R$10 milhões. De forma total, o clube investiu aproximadamente R$26 milhões, e o resultado foram os títulos da Recopa Sul-Americana e do Campeonato Gaúcho.
Nos últimos anos,
No ano de 2019, após ser eliminado na semifinal da Libertadores de forma surpreendente, o clube continuou buscando permanecer entre os melhores, e para isso, efetuou a contratação mais concorrida da época: o atacante Diego Tardelli. Mesmo que tenha sido contratado sem custo inicial, pois estava sem contrato, entrou em acordo por um contrato de R$36 milhões, pagos em três temporadas. Além dele, Montoya, Júlio César, Rômulo e Felipe Vizeu foram contratados, o que gerou um custo de mais de R$40 milhões. Resultado: Título estadual e a pior eliminação da história do clube na Libertadores, com direito a 5×0 para o Flamengo.
Para esta temporada, a diretoria gremista afirma que o gasto em contratações não ultrapassou os R$7 milhões, com o objetivo de voltar com as mesmas práticas de um dos ciclos mais vitoriosos da história do clube. Jogadores como Diego Souza, Thiago Neves e Victor Ferraz, chegaram ao clube sem custos, seja por estarem sem contrato ou por serem envolvidos em trocas. Assim, o time comandado pelo técnico Renato Portaluppi desponta como um dos elencos mais qualificados do país, sem grande custo aos cofres do clube.