Na última terça-feira (22), os torcedores mexicanos se destacaram na partida da seleção do México. No entanto, uma parte da torcida utilizou alguns termos homofóbicos para algumas canções. Assim, foram advertidos pela FIFA e podem ser multados.
Torcedores mexicanos são advertidos
No empate entre México e Polônia, algumas coisas se destacaram. A boa atuação de Ochoa, que disputa a sua quinta Copa do Mundo e defendeu o pênalti de Robert Lewandowski chamou a atenção dentro do campo.
Nas arquibancadas, a festa dos torcedores mexicanos, apoiando os jogadores durante a partida, sendo um 12º atleta, cantando o hino nacional do país, além de utilizar diversos elementos que representam a cultura do México. A imprensa internacional destacou a festa dos adeptos.
Entretanto, nem tudo é para elogiar. Após o apito final da partida disputada no Stadium 974, alguns torcedores mexicanos utilizaram termos homofóbicos em um dos cânticos. “El que no salta es polaco maricón” (“quem não pula, é um polonês gay”, em tradução livre). O sistema de som e os telões pediram para que os torcedores não falassem termos preconceituosos e discriminatórios.
Essa não é a primeira vez que os torcedores mexicano utilizaram algum termo nas arquibancadas e precisam ser advertidos pela FIFA. Durante a Copa do Mundo 2018 na Rússia, a torcida gritou ‘puto' para os goleiros adversários no momento da reposição de bola em cobranças de tiro de meta nas partidas.
A prática é uma característica dos torcedores do país, principalmente durante os jogos do Campeonato Mexicano. Contudo, a FIFA multou a Federação Mexicana de Futebol pela ação vindo das arquibancadas.
Dessa forma, com os cânticos homofóbicos e a advertência, a tendência é que a entidade máxima do futebol aplique novamente uma multa na federação mexicana por conta dos torcedores.
Homofobia em jogos no Catar
Os mexicanos não são os únicos envolvidos com cânticos preconceituosos nas arquibancadas no Catar. Na abertura da Copa do Mundo 2022, na partida entre Catar x Equador, torcedores equatorianos utilizaram termos homofóbicos voltado para os chilenos.
O motivo é a polêmica envolvendo Byron Castillo, que foi denunciado por entrar em campo de forma irregular em uma partida do Equador. O Chile entrou com um pedido para a exclusão dos equatorianos, que foi negado.
Dessa forma, a FIFA emitiu um comunicado que abriu um processo contra a Associação de Futebol Equatoriano por conta dos cânticos preconceituosos dos torcedores. O Comitê Disciplinar utilizou o artigo 13 de seu código.
As possíveis punições estão sendo analisadas pelo comitê. As sanções do código incluem jogar de portões fechados ou até mesmo proibido de disputar uma partida em um determinado estádio, além de multas.