Toulouse FC: tolerância zero com a apologia ao terrorismo

Torcedores e dirigentes do Toulouse reagiram a uma postagem nas redes sociais em que uma camisa do clube traz referência ao terrorista Mohamed Merah.

O clube reagiu à postagem afirmando que as lojas que comercializam seus produtos não fizeram aquela impressão. O uso da camisa oficial do time foi considerado ainda abjeto e vergonhoso.

Torcedores também foram às redes sociais e comentaram a publicação, mas não sem polêmicas. Nomes como o de Mohamed Merah podem ser comuns e não se pode afirmar que o responsável pela postagem esteja fazendo referência ao terrorista, escreveu um dos seguidores.

O atentado

O crime abalou Toulouse em 2012. Mohamed Merah era cidadão francês e de origem argelina. Em sua juventude viveu nos arredores de Toulouse e algumas informações dão conta de que chegou a se interessar pelo futebol. Mas a maior parte da vida esteve envolvido em pequenos delitos com passagens pela polícia.

É acusado de abater três paraquedistas norte-americanos em Montauban. Em seguida, matou três crianças judias, um professor na escola secundária Ozar Hatorah. Após um cerco de 32 horas o terrorista foi morto em seu apartamento pela polícia francesa.

Apologia ao terrorismo

A justiça francesa disse à imprensa, sem detalhamentos, que uma investigação será aberta tendo por base o crime de “apologia ao terrorismo”.

O delito foi introduzido na legislação criminal francesa em 2014 e em 2015 as primeiras condenações já foram aplicadas pela justiça. Esse foi o caso de um jovem de 21 anos, também morador da cidade de Toulouse, que se solidarizou publicamente com os irmãos Kouachi, autores dos ataques contra a revista satírica “Charlie Hebdo”.

“Os irmãos Kouachi são apenas o começo, eu deveria estar com eles para matar mais pessoas” disse o jovem condenado a 10 meses de prisão.

Por ora, as autoridades e o Toulouse buscam identificar o autor da imagem para que o processo possa ser iniciado.

J. A. J. A.

Consumidor do jornalismo esportivo desde os anos 1980 quando conheci a revista Placar e vi pela primeira vez a Copa de 86. De lá para cá acompanhei campeonatos regionais, nacionais e sul-americanos, vendo ao vivo, nas madrugadas de dezembro na Band, os dois mundiais do São Paulo F.C. e a diversidade dos jogos olímpicos. E como não falar das resenhas esportivas de domingo à noite!

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