Enquanto a temporada 2023/24 da NBA não começa, os fãs de basquete estão acompanhando os amistosos de seleções que antecedem a Copa do Mundo, cujo início está marcado para próxima sexta-feira (25).
Em meio a esse cenário, uma cena chamou a atenção. Isso porque Rudy Gobert, do Minnesota Timberwolves, fez o inimaginável. Há cerca de uma década na NBA, o francês conseguiu um feito inédito na carreira.
O pivô fez sua primeira cesta de três pontos em um amistoso da França x Montenegro em preparação para o Mundial de Basquete. Com isso em mente, o treinador de Gobert revelou o ‘segredo’ para isso acontecer.
Rudy Gobert à 3 points 😳
— Équipes de France de Basket (@FRABasketball) August 2, 2023
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Nandes e sua influência em Rudy Gobert
Fernando Pereira, também conhecido como Nandes, é treinador pessoal de Rudy Gobert. Ele atuava como ala e passou pelo Minas antes de se tornar o primeiro brasileiro a trabalhar como assistente técnico do Utah Jazz, ex-time do pivô na NBA.
Nandes é mestre em Educação Física, pós-graduado em Desenvolvimento, Aprendizagem e Controle Motor, além de possuir certificação em Neurociências e Treinamento.
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— Timberwolves Brasil (@twolvesbrazil) August 7, 2023
Ele começou a trabalhar com o francês sob o preceito de quatro pilares: percepção, cognição, ação e emoção. Então, Fernando identificou que Rudy Gobert tinha um problema de movimento na mecânica do arremesso:
“O grande segredo de um professor esportivo é reconhecer onde é o problema para poder trabalhar. A utilização dos conceitos de neurociência auxiliam identificar exatamente onde é o problema e criar exercícios específicos que vão auxiliar nessa ‘correção'”.
Para melhorar a ação, que envolve a parte muscular, o treinador teve que trabalhar a percepção e cognição do pivô. Por conta disso, Fernando atribuiu a primeira cesta de três do francês à neurociência:
“(Rudy Gobert) estava há sete anos na NBA, treinou dois anos dentro dois conceitos da neurociência e teve o recorde da carreira em lance livre, em % de acerto, em rebote. A metodologia usada era a tradicional, o que não fez ele romper o platô do próximo nível que ele deseja alcançar”.
“Na neurociência, mudamos alguns detalhes e ele deu um passo para o próximo nível. Ele pode melhorar muito mais. Ele tá longe, na minha opinião, do seu máximo potencial”.
“Ele acertou a primeira cesta de três pontos da carreira graças a uma mudança de abordagem de treinamento em realmente compreender como o cérebro funciona e como devem ser aplicados os treinamentos. É importante olhar o movimento de um atleta dentro desses quatro pilares fundamentais, não se esqueçam disso”.