Nem tudo são flores na vitória histórica da Tunísia sobre a França, pela Copa do Mundo 2022. O Comitê Disciplinar da Fifa abriu processo contra a federação do país africano, após um torcedor invadir o gramado do Education City.
Nesse sentido, por conta da vestimenta do invasor, que estava com a camisa da Tunísia e segurando uma bandeira da Palestina, a investigação pode colocar os africanos em maus lençóis. Sendo assim, a análise, se for contrária, pode gerar multa por valor a ser definida pela Fifa.
Aliás, o órgão máximo do futebol, irá levar em consideração somente o ato da invasão do torcedor, o que pode ser um alento. Se o fator da bandeira palestina fosse levado à prova, a punição poderia ser levada ao viés politico, fato que a Fifa deixa claro que não aceita em suas competições.
Não é só a Tunísia!
Vale ressaltar que a Copa do Mundo tem sido cercada por uma onda de protestos desde o anúncio da sede no Qatar. Manifestações por conta da organização, da forma como trabalhadores foram tratados nas construções dos estádios, além dos costumes do país anfitrião foram colocados contra a parede.
Manifestações em favor da Palestina não foram vistos somente em Tunísia x França, mas também no jogo contra a Austrália onde faixas ficaram a mostra. Em outro confronto, dessa vez Marrocos x Canadá, os africanos se classificaram, mas El Yamiq decidiu se posicionar com a bandeira do país.
Além da Política
Além das manifestações políticas, a causa LGBT+ também tem sido bastante acolhida, principalmente dentre os atletas que disputam o Mundial. O principal deles é Harry Kane, que foi impedido de jogar com uma braçadeira de capitão com as cores símbolo da causa, com a possível punição de um cartão amarelo. Ou seja, poderia prejudicar a sua equipe esportivamente, assim, o atleta desistiu.
O Irã deixou de cantar o hino nacional contra a Inglaterra, em protesto após uma jovem ter sido morta pela polícia do país, por “uso inadequado” do véu, acessório obrigatório.
Por fim, a mesma Fifa multou o México por cantos da sua torcida, além de Senegal, mas dessa vez por não levar um atleta a coletiva de imprensa regulamentada. Ou seja, o órgão está de olho e promete mais rigidez até o final da competição mundial.