Ao longo das últimas décadas, a Europa se tornou o polo do futebol mundial contratando os melhores jogadores do planeta. Por conta disso, as competições do continente têm um nível superior à concorrência.
O que ajuda a explicar a hegemonia dos europeus entre os clubes são os altos valores concentrados por times da Alemanha, França, Inglaterra, Espanha, Itália, entre outros.
Contudo, em 2023, um país apareceu no cenário global desafiando o posto soberano do continente europeu. Trata-se da Arábia Saudita, que está investindo pesado na contratação de craques internacionais.
Em meio a esse cenário, um debate ganhou força entre os amantes do esporte: qual o melhor campeonato entre a Uefa Champions League x Champions League Ásia? O Minha Torcida traz essa resposta.
Uefa Champions League x Champions League Ásia
Cristiano Ronaldo fez história na Liga dos Campeões pelo Manchester United e pelo Real Madrid. Só que ele decidiu deixar a Europa para se aventurar na liga saudita com a camisa do Al-Nassr.
Desde então, inúmeras estrelas do futebol europeu seguiram o mesmo caminho nos últimos meses: Benzema, Neymar, Mané, Milinkovic-Savic, Koulibaly, Fabinho, Kanté, Roberto Firmino, Mahrez, Kessié, Mendy, entre tantos outros.
Com isso, a Champions League Ásia reuniu diversos astros que vinham disputando a Uefa Champions League nos últimos anos. Ou seja, a competição tem tudo para se tornar ainda mais forte.
Isso significa que a Liga dos Campeões da Europa enfraqueceu? Não exatamente. Nomes importantes do futebol no Velho Continente foram embora e deram espaço aos novos talentos da geração.
Mbappe, Haaland e Vini Jr. são apenas alguns exemplos de jovens estrelas que agora brigam pelo posto de melhor jogador do mundo e, consequentemente, o atleta mais completo do futebol europeu.
A Champions League Ásia reúne 40 equipes divididas igualmente em 10 grupos de quatro entre leste e oeste. Os vencedores de cada chave avançam às oitavas de final, assim como os três melhores segundos colocados em cada região.
A competição terá início na próxima segunda-feira (18). O Al-Nassr de Cristiano Ronaldo e companhia terá pela frente o Persepolis, do Irã, Istiklol, do Tajiquistão, e o Al-Duhail, time de Philippe Coutinho no Qatar.
Já o Al-Hilal, de Neymar e outros craques, está no grupo Navbahor, do Uzbequistão, Nassaji Mazandaran, do Irã, e Mumbai City, da Índia. O Al-Ittihad, de Benzema, também está na Champions League Ásia.
O time saudita enfrenta Sepahan, do Irã, Air Force Club, do Iraque, e AGMK FC, do Uzbequistão. Apesar de reunir diversas estrelas mundiais, o torneio não terá transmissão na televisão brasileira, sendo somente no Star+ (streaming).
Diferente da Uefa Champions League, cujos direitos de transmissão no país pertencem a Warner Bros. Discovery, que passará os jogos nos canais TNT Sports (TV fechada) e HBO Max (streaming).
Clubes tradicionais como Real Madrid, Barcelona, Manchester City, Bayern de Munique, Milan, Inter de Milão, etc. estão no páreo para tentar levantar a ‘orelhuda’ mais famosa do mundo.
Fato é que a Uefa Champions League ainda é o torneio mais forte do mundo. Mesmo assim, os europeus precisam ficar de olho para não perder mais estrelas para o futebol asiático.
Com a migração de várias estrelas para o futebol saudita, a Champions League asiática também ganha atenção.
— Copa Além da Copa (@copaalemdacopa) September 5, 2023
Uma novidade anunciada pela AFC, a confederação asiática, deve esquentar o torneio: depois de anos, times de Irã e Arábia Saudita poderão se enfrentar um na casa do outro. pic.twitter.com/s4Ul9bbben
A Champions League Ásia ainda inicia seu período de consolidação entre as competições mais importantes do planeta. Para isso, as equipes têm aplicado caminhões de dinheiro em reforços.
Com a ida de craques para esses mercados, surge o interesse global em acompanhar o torneio para ver até onde as altas cifras melhoraram o campeonato do continente.
Portanto, não é loucura dizer que, daqui alguns anos, a Liga dos Campeões Asiática possa ser transmitida no Brasil em canais fechados ou até mesmo abertos, pois o projeto é se tornar uma potência mundial no esporte.
