‘De geração para geração’; uma nova tradição vem se criando na seleção brasileira

A seleção brasileira inicia um novo ciclo em preparação para a Copa do Mundo de 2026, apesar de não ter um novo técnico definido, a CBF tem utilizado Ramon Menezes, como treinador interino para os compromissos deste ano até a definição de um substituto para o lugar de Tite.

Essa nova fase em busca do hexa também conta com novos personagens na história. Um dos principais destaques e revelações na última década do futebol brasileiro, Rodrygo, ganhou espaço definitivo na equipe do Real Madrid e consequentemente, chamou a atenção de Tite,que levou a jóia rara para a Copa de 2022 no Catar.

Cria do Santos, Rodrygo é o principal candidato a assumir a camisa 10 da seleção brasileira quando Neymar decidir se aposentar dos compromissos com a equipe canarinho. Vale lembrar, que com a ausência do jogador do Paris Saint-Germain devido a uma lesão no tornozelo, nos primeiros compromissos da seleção deste ano o Rayo  assumiu o número e não deixou de demonstrar respeito pelo manto e de lembrar que o 10 ainda têm um dono.

“Infelizmente nem sempre tudo sai como planejamos. É um momento novo, de recomeço e muito trabalho, mas a noite de ontem foi muito especial pra mim. Foi uma honra vestir essa camisa e homenagear o maior 10 da história do futebol, nosso Rei Pelé. Seu legado é eterno!”

Agora, com mais uma data FIFA que iniciou nesta semana, o jogador do Real Madrid, respondeu sobre o que sente quanto  a camisa 10, não desconsiderando do peso que esse número significa historicamente.

“Se o Neymar não estiver, é sempre bom vestir a camisa 10. Como eu sempre falo, tenho muito respeito ao meu ídolo, que é o Neymar, mas quando ele não estiver, eu posso ser o 10. Gosto dessa camisa e sei da responsabilidade.”

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Nova tradição vem se criando na seleção brasileira

De fato, o 10 é o número mais buscado pelos jogadores como referência dentro de campo. Essa tradição começou com Pelé, que virou um símbolo de genialidade e talento nos gramados ao defender o Santos e a seleção brasileira. O Rei do Futebol carregou o numeral pelas quatro Copas do Mundo em que disputou: 1958, 1962, 1966 e 1970, e em três conquistando o título. Por isso, até os tempos de hoje,  o número sempre é destinado para o melhor jogador da equipe, tradição que se tornou mundial.  

Na última década, foi possível novamente que um talento originado do Peixe representasse o 10. Desde 2014 que Neymar veste a camisa e também é uma grande referência no mundo do futebol, por seu talento fora da curva. Com 31 anos, o ex-jogador do Santos, já tem realidade de que está entrando na fase final de sua carreira e deixou o destino em aberto na participação da sua quarta Copa do Mundo. Até o momento, Ney, representou o 10 nos últimos três Mundiais e com sua ausência um novo dono do manto tem sido considerado.

Desse modo, mais uma cria do Santos pode assumir a camisa mais pesada da equipe e tem mostrado muita maturidade e respeito pelo número. Rodrygo, que chamou os olhares do Real Madrid antes mesmo de completar os 18 anos, já tem seu lugar garantido na equipe principal de Carlo Ancelotti e da mesma maneira tem criado seu percurso de sucesso com a camisa canarinho.

O jogador de apenas 22 anos é o principal e melhor candidato para assumir o 10 após a saída de Neymar,  o que faz com que uma possível tradição surja caso isso concretize, já que das 19 vezes que o Brasil disputou a Copa do Mundo, em sete oportunidades a camisa 10 foi vestida por um talento do Santos.

Carolina Castro Carolina Castro

Tenho 25 anos e sou formada em jornalismo. Desde criança desenvolvi o gosto por esporte e por isso escolhi ser jornalista. Foi a profissão que me deixou mais próxima daquilo que mais amo: falar e escrever sobre esporte.

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