De acordo com matéria escrita por Rodrigo Capelo (jornalista especializado em negócios do esporte), durante toda a temporada de 2019, apenas cinco clubes da Série A – do Brasileirão 2019 estamparam marcas em seus meiões. Foram eles: Flamengo, Fortaleza, Goiás, Palmeiras e Santos, que optaram por colocar marcas nos meiões nesta temporada.
Porém, a dúvida que fica no ar é: Vale à pena patrocinar o meião de um clube? E a resposta, se ela depender unicamente da visibilidade que a marca obtém por meio das transmissões, fora outras contrapartidas, é não.
Embasa em cima desse “assunto”, o IBOPE Repucom divulgou uma pesquisa em relação aos patrocínios do futebol em nosso país no ano de 2019. Entre outros dados, a consultoria mede a quantidade de vezes que cada marca apareceu na televisão durante partidas e cobertura esportiva – aqui, falando propriamente do meião, as marcas estampadas nele correspondem a apenas 0,3% das exibições.
Visibilidade de propriedades comerciais em uniformes em 2019
Propriedade | % de exposição |
Frente | 22,6% |
Mangas | 18,6% |
Costas | 15,1% |
Ombros | 14,6% |
Material esportivo | 14,3% |
Barra traseira | 7,1% |
Barra frontal | 3,8% |
Calção | 2,7% |
Meião | 0,3% |
Como se pode perceber, nenhuma visibilidade é tão baixa para marcas quanto a do meião, mas há várias outras partes do uniforme que obtêm pouca visibilidade.
Os calções, por exemplo, representam apenas 2,7% das exibições. Neste caso, não é difícil ver jogadores tirarem as camisas de dentro dos calções e cobrirem as marcas estampadas neles. No total, dos 20 clubes da “Série A” do Brasileirão, 17 destes venderam essa propriedade para algum patrocinador.
Barras traseira e frontal – na parte inferior da camisa, também não são o melhor local para divulgar uma “marca”. Mas há quem compre. Nesta temporada, sete empresas assinaram contratos para aparecer na barra traseira e dez na dianteira. O CSA chegou a estampar duas marcas na barra frontal ao mesmo tempo.
Vamos lembrar que patrocínio não se limita à visibilidade que as marcas conseguem por meio das transmissões. Visto que é possível que uma marca apareça no meião, mas o meião seja apenas uma contrapartida num pacote de propriedades. O mesmo vale para calções e barras de camisas.
Mediante dos números apresentados acima na pesquisa realizada pelo IBOPE Repucom, fica uma nova pergunta no ar: Vale à pena ter tantas marcas nos uniformes?